O retorno de Fernandão e a vantagem de jogar por um empate contra o Caxias, domingo, fazem com que o técnico Abel Braga não precise utilizar uma equipe tão ofensiva quanto a escalação utilizada na partida da Serra. No entanto, é a volta de Jonas que cria um mistério sobre a escalação. Abel poderá usá-lo como volante, para armar um time mais defensivo.

— Naquele modelo do começo do ano, o primeiro homem do meio-campo era importantíssimo, e esse jogador deixou de existir. Agora eu volto a ter esse jogador, não sei se com condições de começar uma partida, então tem que esperar. Pode ser que eu comece com o Jonas. Não vai ser surpresa, ele também joga de lateral pela velocidade que tem, mas é meio-campista — explica. 

Abel explicou por que usou aquela formação em Caxias:

— Eu arrisquei no primeiro jogo. Agora a vantagem é minha, não preciso arriscar no segundo. Minha maneira de tentar quebrar a série de jogos que o Caxias vinha sem perder em casa foi colocar uma equipe muito ofensiva, para preocupar eles.

Mesmo assim, ele pode continuar com o mesmo esquema. Afinal, Fernandão participou dos trabalhos da tarde com uma proteção na panturrilha. Correu, chutou, dividiu e fez todos os movimentos, apesar de ainda se ressentir das dores no local, e é presença quase certa na decisão. O provável time do Inter deve ser: Clemer; Bustos (Jonas), Índio, Orozco e Titi; Magrão, Guiñazu, Alex e Fernandão; Nilmar e Iarley.

Sobre a suposta indicação que Parreira havia dado à federação sul-africana para Abel Braga substituí-lo, o técnico negou contundentemente:

— Essa tática está ultrapassada. Toda vez que estamos em um momento importante, surge este tipo de notícia. Foi assim na Libertadores de 2006, contra LDU, Libertad, São Paulo, e agora de novo. Para me indicar, a primeira coisa que o Parreira faria seria me comunicar. Então, não tem nada, isso acontece sempre que estamos em momentos decisivos. Tenho que pensar somente no Caxias.