O ministro Argelino de Energia e presidente em exercício da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, descartou nesta quarta-feira novamente uma eventual alta dos níveis de produção de petróleo antes da reunião ordinária prevista para setembro.

— A organização não prevê modificar sua produção antes da reunião ordinária prevista para setembro próximo, apesar dos sintomas de retrocesso da demanda — manifestou Khelil e assinalou que a depreciação do dólar é o fator primordial que provoca a alta do petróleo.

Após lembrar que a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou também para baixo o crescimento da demanda mundial, o presidente da Opep considera que o fato de que a demanda não mantém uma tendência de alta reforça a posição adotada pela organização.

— Nós já falamos que não é necessário aumentar a produção. Enganaríamos a nós mesmos se disséssemos ao mundo: se aumentarmos a produção, os preços do petróleo vão cair — ressaltou.

Por outra parte, Khelil considera que a questão dos preços do petróleo não é somente um assunto dos países produtores, mas de certos países consumidores que deveriam reduzir seus impostos sobre os produtos petrolíferos.

— A única coisa que os países consumidores não falam são os impostos, por que não querem diminuí-los? — questiona o presidente da Opep ao observar que o preço do barril de petróleo não representa mais que 25% do preço que os consumidores pagam atualmente.

Khelil sugeriu em relação ao tema, a criação por parte dos países consumidores de fundos de estabilização constituídos por receitas suplementares de impostos para ajudar os consumidores, fazendo com que, em períodos de alta de preços, se mantenha a estabilidade dos mercados.