| 14/04/2008 20h02min
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta segunda-feira que as críticas de representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) à produção de biocombustíveis não se aplicam ao Brasil, que produz etanol sem prejudicar a produção de alimentos.
— O Brasil está fora deste quadro de catástrofe que foi traçado pela ONU. O Brasil não tem absolutamente nenhum problema. Nada que a ONU tem falado, que o (presidente da França) Sarkozy tem falado tem aplicação prática no Brasil. Nós temos uma política energética claramente definida, produzimos álcool há mais de 30 anos e não há nenhuma competição entre a produção de etanol e de alimentos — disse Stephanes.
O ministro explicou que o Brasil consegue produzir alimentos para toda sua população e ainda amplia anualmente os excedentes exportáveis, como mostram o aumento da participação brasileira nas vendas internacionais de carne, açúcar, soja, sucos e grãos.
Para ele, a produção de biocombustível
não é um crime contra a humanidade,
"desde que ela seja praticada de forma correta, como o Brasil está fazendo, inclusive criando zoneamento agroecológico-ambiental".
Embora defenda o programa de etanol brasileiro, o ministro apontou problema na produção de biocombustíveis nos Estados Unidos e Europa, por conta dos subsídios ao setor.
— O que existe de fato é que Estados Unidos e Europa, que subsidiam a produção de energia limpa e que não têm a matéria-prima adequada para produzir o álcool estão efetivamente substituindo áreas com produtos que seriam usados para alimentação humana para produzir álcool — argumentou Stephanes.
Ministro explicou que o Brasil consegue produzir alimentos para toda sua população e ainda amplia anualmente os excedentes exportáveis
Foto:
Elza Fiuza, ABr
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