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 | 14/04/2008 18h04min

Bolsa fecha em baixa de 0,69%, mas Petrobras dispara

Ibovespa fechou em queda de 0,69%, aos 62.153,4 pontos

A Bovespa abriu a semana em queda, influenciada pelo comportamento negativo das bolsas internacionais. Entretanto, o desempenho das ações da Petrobras impediu o tombo de ser maior.

Os papéis da companhia dispararam depois que o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima, disse que a área batizada de Pão de Açúcar, na Bacia de Santos, pode abrigar uma reserva de até 33 bilhões de barris de óleo recuperáveis. O potencial, se confirmado, significará que o Brasil será dono do terceiro maior campo de produção de petróleo no globo.

A estatal não confirmou a avaliação, mas o impacto nas ações já não tinha como ser contido. As ações ON da estatal fecharam em alta de 7,68%, com giro de R$ 472,038 milhões, e as PN subiram 5,63% e movimentaram R$ 2,218 bilhões.

Registraram a primeira e a segunda maiores altas do Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, e, no melhor momento do dia, subiram, também nesta ordem, 10,08% e 7,57%.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,69%, aos 62.153,4 pontos. Oscilou entre a mínima de 61.466 pontos (-1,79%) e a máxima de 62.733 pontos (+0,24%). No mês, o ganho acumulado diminuiu a +1,94%. No ano, a Bolsa está negativa em 2,71%. O giro financeiro de hoje totalizou R$ 5,794 bilhões.

Petróleo

Além das declarações de Lima, Petrobras também sofreu a influência do novo recorde do petróleo. O contrato futuro com vencimento em maio negociado na Bolsa Mercantil de Nova York subiu 1,47%, para o nível histórico de US$ 111,76 por barril.

O mercado reagiu ao fechamento temporário de um oleoduto da Royal Dutch Shell nos EUA.

A Bovespa pendeu ao negativo, no entanto, por causa do desempenho das bolsas americanas — Ásia e Europa também caíram.

Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,19%, o S&P recuou 0,34% e o Nasdaq perdeu 0,63%.

O balanço ruim da Philips, na Europa, e do banco Wachovia, nos EUA, ditaram o ritmo negativo de hoje. A Philips anunciou queda de 75% no lucro líquido no primeiro trimestre, enquanto o Wachovia comunicou prejuízo de US$ 350 milhões no período.

Não bastassem as perdas do quarto maior banco dos Estados Unidos, a instituição ainda anunciou corte de 41% nos seus dividendos e captação de US$ 7 bilhões.

As perdas até março decorreram de US$ 2 bilhões em baixas contábeis de ativos e US$ 2,1 bilhões em novas provisões contra créditos irrecuperáveis.

A queda nas bolsas dos EUA, no entanto, foi limitada pelo indicador de vendas do varejo, que surpreendeu ao subir 0,2% em março, contra previsão dos analistas de queda de 0,1%.

Além disso, as vendas em fevereiro foram revisadas em alta, para contração de 0,4%, de queda de 0,6% informada antes.

O dado dos estoques das empresas não chegou exatamente a fazer preço, já que refere-se ao mês de fevereiro.

Agência Estado
 

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