| 11/04/2008 13h47min
O diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anoop Singh, disse que vê melhora na taxa de crescimento potencial do Brasil e que ela está sendo ajudada pelos investimentos.
Segundo ele, as economias latino-americanas continuam resistentes à crise financeira e à desaceleração econômica global, mas enfrentam um número maior de riscos.
— O crescimento na América Latina vai desacelerar, sim, em 2008, mas ainda continuará acima da tendência histórica. Mas nós vemos riscos de baixa e, neste contexto, nosso principal foco é olhar para a resistência da região a estes choques — disse Singh.
Os riscos externos incluem a possibilidade de que o fluxo de capital para a região seja reduzido e que os preços das commodities (matérias-primas) caiam mais do que o esperado, acrescentou.
Os riscos domésticos incluem inflação maior como resultado da forte demanda doméstica, assim como preços mais altos dos
alimentos. As políticas macroeconômicas também
continuam pró-cíclicas — apesar das melhoras —, o que está refletido no forte crescimento do crédito e dos gastos do governo, disse Singh.
— As recentes pressões inflacionárias seguem como um importante teste para a autonomia dos bancos centrais em controlar uma segunda rodada de efeitos dos preços dos alimentos e do recente crescimento muito rápido do crédito — afirmou.
Ele estimulou os governos a ajudarem os bancos centrais, mantendo outras partes da política mais flexíveis, tais como taxa de câmbio flutuante.
Para Singh, as economias latino-americanas continuam resistentes à crise financeira e à desaceleração econômica global, mas enfrentam um número maior de riscos
Foto:
Stefan Zaklin, EFE
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