A tocha olímpica chegou a Buenos Aires, Argentina, nesta quinta, sob forte esquema de segurança. O fogo foi levado para um local secreto e nesta sexta, a partir das 13h30min (de Brasília) começará a caminhada que unirá a região de Puerto Madero com a Praça de Maio, local de históricas manifestações na capital contra a ditadura militar, em um percurso com 14km. Segundo o diário argentino La Nación, o ídolo dos argentino Diego Armando Maradona, previsto na cerimônia, não participará, podendo ser substituído pelo windsurfista Carlos Espínola como o primeiro a carregar a tocha.

Conforme o GloboEsporte.com, 80 pessoas foram escolhidas para participar do trajeto, dentre elas o brasileiro campeão olímpico de vôlei de praia Emanuel, e a ex-tenista Gabrielle Sabatini, que fechará o cortejo. A largada será no anfiteatro Lola Mora, com direito a espetáculo de balé com Iñaki Urlezaga, fechando o trajeto na hípica. A segurança ficará a cargo de quase cinco mil homens, entre colaboradores, policiais e militares da prefeitura naval, e cada participante percorrerá cerca de 200m.

Mais protestos pró-Tibete

Os argentinos prometem protestos pacíficos a favor do Tibete e dos direitos humanos na China. Grupos locais convocaram uma marcha em repúdio à competição, que ocorrerá no mesmo trajeto previsto para a passagem da tocha olímpica, mas uma hora mais cedo e no sentido inverso. Além das manifestações, a tocha poderá sofrer também com as intempéries, de acordo com a previsão do tempo.

A tocha está em Buenos Aires após ter sofrido com protestos em praticamente todas as cidades por onde passou até o momento. Londres e Paris tiveram as maiores manifestações, com dezenas de pessoas presas e a tocha se apagando em pelo menos três oportunidades na capital francesa. Em alguns lugares, preocupada com a segurança, a organização chegou a modificar o trajeto, até mesmo encurtando-o, como aconteceu em São Francisco, nos Estados Unidos. Essa possibilidade existe em Buenos Aires, podendo ser alterado o horário de início da caminhada.