| 08/04/2008 11h17min
O debate sobre o livre comércio ocupa o primeiro painel desta terça-feira do Fórum da Liberdade, iniciado às 9h45min, com 45 minutos de atraso. O deputado federal Ciro Gomes (PSB), um dos painelistas do encontro, assumiu o papel de contraponto, defendendo a necessidade de um Estado "empoderado (com poder) do tamanho que for necessário".
Mesmo considerando o Estado brasileiro "estupidamente ineficiente", Ciro defendeu a intervenção do governo na economia das nações.
— O mundo não seria o que é hoje sem ação de governos como foi o New Deal, e o governo Reagan.
Já o economista Paulo Guedes advertiu os participantes do fórum sobre o risco do "capitalismo selvagem" dos 3,5 bilhões de euroasiáticos:
— Vamos precisar competir com os asiáticos. Eles estão chegando com salários baixos, com encargos baixos e com impostos baixos. Os brasileiros enfrentam por cima um ataque antiaéreo e por baixo um chinês cortando o seu pé — disse,
referindo-se, quando falou em ataque antiaéreo, aos
pesados encargos do Estado brasileiro - trabalhistas, tributários e burocráticos.
Ao comentar as vantagens do livre comércio, o americano Tom Palmer, vice-presidente de Programas Internacionais do Cato Institute, citou a Estônia, uma ex-república soviética, informando que o país decidiu zerar todas as tarifas de importação e se tornou irreconhecível, em relação ao passado, devido ao desenvolvimento econômico.
Mesmo trocando o nome da ex-república por Lituânia, Ciro não deixou a observação passar em branco:
— Eles não tinham nada a perder.
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