| 31/03/2008 17h43min
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda de US$ 4,00 o barril nesta segunda-feira em Nova York, com os operadores vendendo produtos básicos (commodities) antes de encerrarem os livros do primeiro trimestre. Os observadores estão divididos quanto ao significado da onda de vendas, com alguns afirmando que não reflete mais do que uma realização de lucro de fim de trimestre, enquanto outros apontam a desaceleração da economia dos EUA e a conseqüente queda na demanda como razão para o forte declínio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo leve com vencimento em maio terminou em queda de US$ 4,04, ou 3,83%, em US$ 101,59 o barril. No mercado eletrônico da Bolsa Intercontinental (ICE), em Londres, o barril do petróleo Brent para maio fechou em queda de US$ 3,47, ou 3,34%, em US$ 100,30 o barril. A queda dos contratos futuros do petróleo na Nymex foi a maior em dólares desde 19 de março, quando os preços cederam US$ 4,94 o barril num dia.
— Este é o novo
mercado: oscilações drásticas surgem do nada aparentemente sem razão — comentou o analista Scott Meyers, da corretora Pioneer Futures, em Nova York.
Apontando o fim do primeiro trimestre como motivo, o analista Stephen Schork, editor da newsletter sobre mercado de energia Schork Report, de Villanova, nos EUA, buscou minimizar o significado da queda no preço, apesar de sua severidade. Ele disse que boa parte do movimento se deveu ao fato de corretores estarem buscando criar resultados atraentes de fim do trimestre, no chamado "window dressing", ou embelezamento de vitrine.
Com a economia falhando e a demanda por petróleo desacelerando nos EUA, maior consumidor de energia do mundo, outros analistas disseram que a queda de hoje sinaliza uma desvalorização de prazo mais longo a partir das recentes máximas históricas dos preços. O petróleo na Nymex atingiu seu maior preço, de US$ 111,80 o barril, no dia 17 de março.
— Os preços da energia serão
severamente atingidos pela contração da
economia. Não vemos os preços das commodities se mantendo diante da magnitude dos problemas econômicos que continuam surgindo — disse Walter Zimmermann, da corretora ICAP/United Energy, de Nova Jersey.
O dólar, após cair para perto de seu recorde histórico de baixa em relação ao euro, recuperou alguma força e estava sendo negociado perto de seu nível da semana passada. O declínio do dólar por meses ajudou a levar compradores para o petróleo, produto negociado em dólares e consumido internacionalmente. O euro estava em US$ 1,5790, de US$ 1,5796 na sexta-feira. As informações são da agência Dow Jones.
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