| 26/03/2008 02h02min
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) anunciam nesta quarta-feira a fusão de suas operações. A empresa resultante do negócio será provisoriamente chamada de Nova Bolsa.
A reorganização societária já foi definida. Os acionistas da Bovespa e da BM&F receberão uma ação da Nova Bolsa para cada papel que detêm das companhias hoje. Por exemplo: quem possui 100 ações da BM&F terá 100 papéis da Nova Bolsa.
O mesmo vale para os acionistas da Bovespa, com uma diferença. Como o valor de mercado atual da Bovespa supera o da BM&F, os acionistas da bolsa paulista receberão um adicional, em dinheiro, de R$ 1,24 bilhão. O valor será rateado conforme a quantidade de ações de cada investidores.
O anúncio de fusão entre as bolsas chega antes do prazo máximo de 60 dias estabelecido pelas companhias no dia 19 de fevereiro, quando informaram o mercado que estavam negociando um integração.
A duas bolsas estimam que a integração de
suas atividades resultará em uma economia de até 25% nas despesas operacionais conjuntas até 2010.
De acordo com o valor de mercado somado das duas bolsas em fevereiro (cerca de US$ 20 bilhões), a nova instituição seria a segunda maior das Américas, atrás apenas da Bolsa de Chicago e à frente até mesmo da Bolsa de Nova York.
As ações da Bovespa estrearam em pregão no dia 26 de outubro do ano passado. O papel disparou 52%, para R$ 34,99. O sucesso da bolsa paulista criou grande expectativa para a abertura de capital da BM&F, que ocorreu em 30 de novembro. A alta das ações, porém, foi mais modesta: 22%, para R$ 24,42. Nesta terça, os papéis da BM&F fecharam em R$ 16,68 e os da Bovespa, em R$ 25.
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