| 13/03/2008 10h50min
Os argumentos para a forte alta das taxas de juros futuros nesta quinta-feira vêm de todos os lados. O mercado já amanheceu sob o efeito da notícia de que o capital estrangeiro será, de fato, tributado com Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o objetivo de conter a valorização cambial, possibilidade que já era comentada, mas o mercado não acreditava que seria adotada. Além de elevar o custo da operação para o estrangeiro, a medida dá uma sinalização negativa, principalmente porque o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já avisou que, se for o caso, elevará a alíquota, fixada em 1,5%.
Justamente hoje, dia seguinte ao pacote cambial, é dia de leilão de títulos prefixados. A operação será um importante teste sobre a receptividade da medida do governo pelo mercado. O Tesouro divulgará durante a manhã as condições da oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional. Mas, se o mercado seguir volátil e com taxas pressionadas para cima, há chance da oferta ser
cancelada,
segundo operadores.
Se o Comitê de Política Monetária (Copom) elevasse a taxa básica de juros nacional, a Selic, poderia atrair ainda mais investidores, de olho na arbitragem e derrubar ainda mais o dólar. Com o IOF, essa equação poderia ser, de certa forma, equilibrada. A ata do Copom veio dando todos os elementos necessários para a aposta na alta da Selic.
Como se não bastassem os motivos domésticos, o mercado se depara com o ambiente internacional tenso, diante de indicadores econômicos mais fracos do que o esperado. Às 10h16min, os índices futuros das bolsas em Wall Street apontavam queda forte. O futuro do S&P 500 caía 1,42% e o Nasdaq futuro, 1,24%. No Brasil, o Ibovespa cedia 2,45%, logo após a abertura. No mesmo horário, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos com taxas pós-fixadas (DIs) com vencimento em janeiro de 2010 avançavam de 12,81% ao ano ontem para 13,13% ao ano hoje. O DI com vencimento em janeiro de 2009 pulava de 12,02%
ao ano ontem para 12,24%
ao ano hoje.
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