| 10/03/2008 18h59min
A comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que investiga a ação militar da Colômbia em território do Equador esteve nesta segunda-feira na região próxima à fronteira entre os dois países para verificar pessoalmente os danos ocasionados pelo ataque ao acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Segundo dados do governo do Equador, 24 pessoas foram mortas na operação do dia 1º.
O ministro de Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, disse que seu país e a Colômbia necessitam de um mecanismo para resolver problemas fronteiriços diferente do que vigorava até a explosão da recente crise entre os dois países. O ministro fez as declarações ao acompanhar a missão da OEA. Ele se mostrou "satisfeito" com a visita dos delegados da entidade.
Para Larrea, atualmente há um processo de recuperação da crise com a Colômbia, após o acordo alcançado na sexta-feira passada durante a cúpula do Grupo do Rio, realizada na República
Dominicana. No entanto,
assegurou que ainda há assuntos pendentes, como a co-responsabilidade em assuntos humanitários, além dos temas comerciais. Para o ministro equatoriano, a diplomacia direta é fundamental, pois atualmente se vive "um novo momento na história".
— A América Latina não vai permitir uma internacionalização da guerra. O continente está decidido a internacionalizar a paz, e o Equador não está sozinho nesta aspiração — disse.
O delegado do Brasil junto à OEA, Osmar Chohfi, indicou que a visita ao local dos ataques complementou as "amplas informações" recebidas no domingo sobre o caso por parte do próprio presidente equatoriano, Rafael Correa, assim como de outras autoridades e organizações.
Versão
Coordenada pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e integrada também por embaixadores de Brasil, Peru, Argentina e Panamá, a comissão esteve ontem em Quito, onde ouviu a versão do governo equatoriano. Hoje à noite, o grupo irá a Bogotá, a fim de ouvir explicações do governo colombiano.
O resultado da apuração será apresentado ao Conselho de Chanceleres da OEA no próximo dia 17, em Washington. A comissão foi criada por sugestão do Brasil, devido às diferentes versões sobre o ataque colombiano. O grupo viaja em um avião da Força Aérea Brasileira.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.