| 09/03/2008 10h27min
Guerrilheiros e criminosos venezuelanos que atuam em região próxima à fronteira com a Colômbia, importaram uma prática de extorsão do país vizinho: a "vacina" um pagamento de imposto de guerra.
De acordo com matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, comerciantes ouvidos pela reportagem dizem que membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e da ELN (Exército de Libertação Nacional, segunda maior guerrilha colombiana), além de criminosos e outros grupos armados, seqüestram, matam e recrutam novos militantes no país de Hugo Chávez.
A denúncia vem a público uma semana após o Exército da Colômbia atacar uma base das Farc em território do Equador, gerando a maior crise diplomática dos últimos anos na América Latina. A ação matou o número dois das Farc, Raúl Reyes, e outros guerrilheiros. O território venezuelano também estaria servindo como cativeiro de reféns de guerrilheiros colombianos. Segundo o presidente Chávez, a
indústria do seqüestro cresce em
seu país, mas não há provas de que as guerrilhas esquerdistas estejam envolvidas.
Indignado, Chávez ordenou o fechamento da embaixada venezuelana em Bogotá e enviou reforços militares à fronteira. O Equador rompeu relações diplomáticas com a Colômbia. A crise terminou na sexta-feira, durante reunião de cúpula do Grupo do Rio, realizada na República Dominicana. No encontro, o presidente equatoriano, Rafael Correa, aceitou as desculpas de seu colega colombiano, Álvaro Uribe, e com um aperto de mãos deram por encerrado o conflito diplomático.
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