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 | 06/03/2008 12h56min

Condoleezza deseja saída diplomática para conflito na América do Sul

Em visita a Bruxelas, secretária americana não se encontra com vice da Colômbia

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, pediu nesta quinta-feira que haja "uma saída diplomática" para a crise da Colômbia com Venezuela e Equador e destacou que "o uso das zonas fronteiriças" por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deve ser vigiado.

— Acredito que haverá uma saída diplomática — afirmou em entrevista coletiva, após uma reunião com ministros de Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). — A Organização dos Estados Americanos (OEA) está implicada, nós estamos implicados bilateralmente e os países da região estão implicados — acrescentou.



Segundo ela, a guerrilha "é uma organização terrorista", por isso, "é extremamente importante" impedir suas atividades. Questionada sobre as acusações da Colômbia de que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "apoiaria" as Farc, a secretária advertiu de que "ninguém deveria tratar com eles". Nesse sentido, mencionou o número "horrivelmente alto" de pessoas que morreram ou foram seqüestradas nos últimos anos pela ação dos guerrilheiros.

Condoleezza ressaltou que ela mesma esteve sentada ao lado do chanceler colombiano, Fernando Araújo, refém das Farc durante seis anos, que no início de 2007 fugiu através da floresta. Também lembrou que a Colômbia "é um amigo e aliado muito bom" dos Estados Unidos, que apóiam os esforços para continuar a democratização e progresso econômico no país, que "quase foi um Estado fracassado em 2000-2001".

Ela insistiu que o governo de Washington "luta duramente" para conseguir que o congresso americano ratifique o Tratado de Livre-Comércio (TLC) com a Colômbia, o que enviaria "um sinal simbólico" a Bogotá. Acrescentou que "infelizmente" não se reunirá hoje em Bruxelas com o vice-presidente colombiano, Francisco Santos Calderón, que está na cidade, pois "não estava na agenda". Ele pede ajuda européia para agir contra o apoio que a Venezuela, segundo o governo da Colômbia, dá para a guerrilha.

EFE
 

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