| 05/03/2008 10h24min
O bloqueio a BR-386, conhecida como Tabaí-Canoas, na altura do km 433, em Nova Santa Rita, não é o único realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) nesta manhã. Segundo a coordenação estadual do movimento, outras sete estradas também recebem a ação de seus integrantes. Na Tabaí-Canoas, o protesto já gerou um congestionamento de seis quilômetros, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Agentes estão no local negociando com os manifestantes, que seguem irredutíveis. Os moristas estão indignados com a ação.
O bloqueio também ocorre no km 48 da rodovia Bossoroca-Santiago (RS-168), em Bossoroca, onde os manifestantes iniciaram o protesto por volta de 8h30min. Em Tupanciretã, por volta das 9h, foi a vez da manifestação ser iniciada no km 3 da BR-158 (RSC-392). Em Santana do Livramento — na BR-158, próximo ao trevo de acesso a Rosário —, a ação do MST também ocorre, assim como em Piratini, no km 85 da BR-293, em Hulha Negra, no km 159 da BR-293, e
em
Charqueadas, na RS-290, próximo ao pedágio. Em Pedro Osório, a ação se dá no km 581 da BR-116. As rodovias estão bloqueadas nos dois sentidos e sem previsão de liberação. A PRF sugere aos motoristas o uso de vias alternativas.
Os grupos protestam contra a prisão de mulheres da Via Campesina, que ontem invadiram ontem a Fazenda Tarumã, da empresa finlandesa Stora Enso, em Rosário do Sul, e destruíram pés de eucalipto. Segundo a coordenação do MST no Estado, o objetivo é "denunciar a truculência da Brigada Militar". O movimento alega que cerca de 50 camponesas foram feridas por balas de borrachas e estilhaços de bombas, "além de agressões físicas pela BM". Também afirma que "as agricultoras estão detidas sem alimentação" e que "as 250 crianças que estavam com suas mães só puderam ser alimentadas à meia-noite".
Via Campesina
As mobilizações das mulheres da Via Campesina prosseguem nesta quarta-feira também em Porto
Alegre. Elas devem iniciar um acampamento com cerca
de 250 trabalhadoras rurais em local não-divulgado. Em Encruzilhada do Sul, 600 mulheres farão outro acampamento. O grupo defende que a Fazenda Tarumã foi adquirida por uma empresa "laranja" de propriedade da finlandesa Stora Enso.
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