| 25/02/2008 15h12min
O Partido Democrata quer que o órgão regulador das finanças nas campanhas eleitorais investigue se John McCain, aspirante a uma vaga do Partido Republicano para a disputa à presidência dos Estados Unidos, violou as normas ao abandonar o sistema de financiamento público. Até agora, o senador, cuja campanha passou por épocas de sérias dificuldades econômicas, recorria ao sistema público, que, em troca de fornecer US$ 5,8 milhões para o candidato, impõe um rígido controle sobre as doações privadas ao aspirante.
No entanto, perante seu sucesso nas primárias republicanas, que o transformaram no candidato de fato de seu partido para as eleições presidenciais de novembro, o senador pelo Arizona indicou querer abandonar o sistema público para poder receber mais doações privadas. O Comitê Nacional Democrata (CND) indicou que nesta segunda-feira mesmo pedirá o início de uma investigação sobre o caso.
O presidente da Comissão Eleitoral Federal, David Mason, disse a McCain na
semana passada que, se
deseja deixar o sistema público, deve responder a uma série de perguntas sobre um empréstimo feito para sua campanha e receber a aprovação de dois terços da comissão, formada por seis membros. Essa segunda condição é atualmente impossível de ser cumprida, pois há quatro lugares vagos na comissão e não há quórum.
McCain, junto ao senador democrata Russ Feingold, foi o autor da lei que impõe essas restrições, aprovada em 2002. O presidente do CND, Howard Dean, afirmou no domingo que "McCain se apresenta como um reformista, mas parece crer que as reformas são referentes a todo mundo, menos a ele".
Se McCain não obtiver a permissão da comissão, seus gastos nos próximos meses, até que ocorra a convenção republicana, em setembro, e a campanha entre na fase final, serão muito limitados. Em sua situação atual, ele só pode gastar legalmente até US$ 54 milhões, e já utilizou quase US$ 50 milhões desse total.
EFE
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