| 25/02/2008 10h12min
O dólar à vista abriu em baixa de 0,53% nesta segunda-feira, cotado a R$ 1,698 na abertura do pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na sexta-feira da semana passada, o dólar à vista recuou 0,18%, para R$ 1,707, na menor cotação da taxa de câmbio desde maio de 1999. Naquela época, a BM&F não realizava negócios com dólar à vista e por isso a referência para taxa de câmbio é o dólar comercial transacionado entre os bancos.
A expectativa de que um plano de socorro à seguradora de bônus norte-americana Ambac seja anunciado a qualquer momento e a notícia de que o banco americano Citigroup estaria disposto a ajudar um dos seus fundos de proteção (hedge), que está em dificuldades, dá fôlego aos mercados financeiros, enquanto não começam a surgir as notícias previstas para esta semana, cheia de indicadores econômicos e fatos relevantes. Isso soma-se às boas perspectivas domésticas, que fizeram a festa dos mercados na semana passada, e aponta para mais uma queda do dólar no
mercado
doméstico de câmbio.
Somente um fator poderia impedir isso: uma avaliação generalizada de que a moeda americana está muito barata e seria arriscado continuar a toada de queda ininterrupta. Mas, ainda que isso ocorra na abertura, o que poucos acreditam, não há argumentos concretos para embasar uma teoria dessas por muito tempo. O noticiário interno de hoje, por exemplo, foi inaugurado por uma boa notícia: o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de 0,23%, perto do piso das estimativas, corrobora melhora do comportamento da inflação. Às 10h30min o Banco Central divulga os dados do setor externo de janeiro. Ainda assim, a avaliação é de que depois das quedas das cotações nos últimos pregões, o dólar deve mostrar maior sensibilidades às notícias.
O fator mais relevante para uma eventual cautela, que seja transportada para os negócios, vem do exterior, mais uma vez: a agenda carregada da semana. Mas hoje a lista de compromissos econômicos é mais
suave, e o destaque é o dado
de vendas de residências usadas nos Estados Unidos de janeiro, que sai às 12h (Brasília). Antes disso, o Fed de Chicago divulga seu índice de atividade nacional de janeiro, às 10h30min, enquanto o Fed de Dallas abre seu índice de atividade de negócios regional de fevereiro, às 12h30min.
O evento mais aguardado dos próximos dia é o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Ben Bernanke, na Câmara dos EUA (quarta-feira, dia 27). Ele fala também no Senado, na quinta-feira (dia 28). A semana comporta ainda o resultado da inflação ao produtor de janeiro nos EUA (PPI, na sigla em inglês) e a confiança do consumidor em fevereiro (amanhã). A segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre do ano passado será anunciada na quinta-feira e o índice de gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) de janeiro, na sexta-feira.
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