Notícias

 | 21/02/2008 16h46min

Dólar fecha a R$ 1,711, menor preço desde maio de 1999

Anúncio de que o Brasil é credor externo e fluxo positivo cambial do dia elevaram desinteresse dos investidores domésticos

Atualizada às 22h31min

O anúncio do Banco Central de que o país já é credor líquido externo desde janeiro ajudou a reforçar os rumores iniciados ontem de que o Brasil poderá obter o grau de investimento no curto prazo. Essa expectativa, junto com um fluxo cambial positivo no dia, elevou o desinteresse dos investidores domésticos pela compra de dólar.

Com isso, o dólar comercial caiu 1,22% e terminou o dia a R$ 1,711, o menor valor desde 26 de maio de 1999 (quando fechou a R$ 1,701). Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista cedeu 1,42%, para R$ 1,70. O giro financeiro somou cerca de US$ 1,958 bilhão.

O BC divulgou hoje a previsão de que em janeiro o Brasil tenha apresentado uma diferença de US$ 4 bilhões entre a dívida externa bruta e os ativos do país no exterior, significando que, em termos líquidos, o Brasil passou a credor externo. Segundo o consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Julio Gomes de Almeida, isso pode ajudar o Brasil a conquistar a nota (rating) de grau de investimento pelas agências de classificação de risco.

A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos.

A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado grau de investimento. Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação. Novos recursos pressionariam o dólar ainda mais para baixo em relação ao real, e essa expectativa colaborou hoje para a queda das cotações.

Até o momento, nenhuma das principais agências de classificação de risco confirmou a elevação da nota do Brasil, embora tenham admitido que os fundamentos econômicos estão muito melhores do que no passado. A diretora de rating soberano da Standard & Poor's, Lisa Schineller, afirmou hoje que o "Brasil pode receber grau de investimento em 2008 da agência, apesar das incertezas globais, porque vemos que os fundamentos do país estão mais fortes".

Agência Estado

Comente esta matéria

Mais Notícias

Planeta Atlântida  05/02/2012 05h05min
Em clima de balada, Taio Cruz encerra o Planeta Atlântida 2012
Planeta Atlântida  05/02/2012 04h17min
Taio Cruz encerra Planeta Atlântida 2012
Planeta Atlântida  05/02/2012 04h09min
Luan Santana toma chimarrão no palco em show arrebatador
Planeta Atlântida  05/02/2012 02h57min
Pausa no rock! Luan Santana leva sertanejo universitário ao Palco Central
Planeta Atlântida  05/02/2012 02h26min
O Rappa brada sobre o cotidiano e contagia o público
Planeta Atlântida  05/02/2012 01h08min
Após hiato, O Rappa retorna aos palcos com clássicos
 

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.