O dólar comercial abriu em alta de 0,58% nesta quarta-feira, cotado a R$ 1,743 no mercado interbancário de câmbio. Ontem, a moeda norte-americana fechou o dia com a menor cotação em quase oito anos, a R$ 1,733 (- 0,17%). Porém, operadores, mais uma vez, ressaltam: a valorização tende a ser pontual e limitada pelas perspectivas internas positivas.

O mercado doméstico de câmbio deve continuar colado aos acontecimentos internacionais, sem perder de vista a avaliação de que, internamente, a situação ainda é positiva e favorável à valorização do real em relação ao dólar. Mas perante as implicações internacionais, cautela é a palavra chave para a manhã de hoje já que várias notícias sobre a economia dos EUA são aguardadas e têm potencial para mexer com os negócios ao longo do dia. Os investidores também deverão dirigir atenções ao comportamento do petróleo, que fechou ontem acima de US$ 100 o barril.

Hoje, às 16h (de Brasília), o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) divulgará a ata de sua última reunião, em que decidiu reduzir em 0,50 ponto porcentual o juro básico americano para 3% ao ano. O BC americano também anunciará, no mesmo horário, as novas projeções para a economia dos Estados Unidos, incluindo as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real, a taxa de desemprego, o índice de preços dos gastos com consumo (PCE) e o núcleo do índice de preços dos PCE nos próximos três anos. Isso direciona os olhares, principalmente, para uma série de indicadores que saem antes, às 10h30: a taxa de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), o números de construções residenciais iniciadas e de permissões em janeiro e os dados de renda dos assalariados.

Os investidores também continuam de olho no noticiário referente ao setor financeiro global, que traz novos problemas em instituições na Ásia e na Europa e afetou o comportamento das bolsas nessas duas regiões. Os índices futuros dos EUA também sinalizam dia de perdas.