O barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI) fechou em alta de 4,15% nesta sexta-feira e superou a casa dos US$ 91 em Nova York, em meio a expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) corte sua produção. Ao fim da sessão regular da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de WTI para entrega em março subiram US$ 3,66 em relação ao preço do pregão anterior e acabaram a semana a US$ 91,77 por barril.

Diversos meios de comunicação indicaram hoje que o cartel poderia diminuir suas cotas oficiais para manter o preço do petróleo acima de US$ 80, caso tenha prosseguimento a tendência de baixa mostrada nos últimos dias. A Opep decidiu em sua última reunião manter a produção em 29,67 milhões de barris diários, apesar dos pedidos dos países desenvolvidos para que elevassem a oferta e ajudassem a reativar a economia.

Representantes de alguns países-membros indicaram que o grupo poderia diminuir a oferta se os preços caíssem muito, e que provavelmente não variariam as cotas em sua próxima reunião, em 5 de março, caso se mantivessem acima de US$ 85. O forte aumento de hoje também esteve relacionado com cortes imprevistos da produção na Nigéria e uma queda nas provisões de petróleo do Mar do Norte. Esses fatores, unidos à inquietação que persiste perante as atividades nucleares do Irã e as ameaças da Rússia de cortar o fornecimento de gás à Ucrânia, teriam favorecido que os preços dos combustíveis subissem com força no final da semana.

No entanto, analistas lembram que também há grande inquietação nos mercados petroleiros pela queda na atividade econômica nos Estados Unidos e em outras nações desenvolvidas, o que se prevê que reduzirá a demanda de combustíveis, ao que se soma a fraqueza do dólar, que barateia a compra de matérias-primas. Também se percebe uma tendência de alta nas reservas de petróleo armazenadas nos EUA, depois da persistente diminuição que se percebia no final do ano passado.

O petróleo Brent, de referência na Europa, fechou cotado a US$ 91,94. Em relação a ontem, o barril da commodity para entrega em março, negociado na Bolsa Intercontinental de Futuros (ICE Futures), em Londres, subiu US$ 3,43. A expressiva alta foi decorrente da confirmação de que, em março, o fornecimento de petróleo vai sofrer uma queda, já que as companhias Total e Royal Dutch Shell anunciaram reduções em sua produção.