O Senado americano apresentou nesta segunda-feira seu próprio plano para estimular a economia dos Estados Unidos que, apesar de ser muito similar ao da Câmara de Representantes, estipula uma injeção maior de liquidez, com cerca de US$ 156 bilhões. O pacote de medidas do Senado foi divulgado um dia antes da votação na Câmara Baixa do plano estipulado na semana passada entre a Casa Branca e os congressistas democratas.

Este primeiro plano contemplava rebaixamentos tributários de entre US$ 300 e US$ 600 para os contribuintes solteiros, de US$ 1.200 para as famílias, e um corte de impostos total de US$ 50 bilhões para as empresas. No total, estipula a injeção de cerca de US$ 153 bilhões, segundo os últimos cálculos.

O Comitê de Finanças do Senado propõe um plano de aproximadamente US$ 156 bilhões que permitirá pôr US$ 500 nos bolsos de cada contribuinte solteiro, US$ 1.000 para os casados, e US$ 300 adicionais por criança. Este plano não tem um limite para as rendas altas, ao contrário do plano da Câmara Baixa, que limita as ajudas aos contribuintes que cobrem menos de US$ 75 mil, ou US$ 150 mil para as famílias.

O plano do Senado permitirá ainda enviar cheques de US$ 500 aos cerca de 20 milhões de americanos que vivem apenas do que recebem da Seguridade Social, e que no caso da Câmara de Representantes estariam excluídos. O Senado propõe ainda estender em 13 meses as prestações por desemprego, que atualmente são de 26 semanas, com um custo de US$ 12,5 bilhões, algo que o plano da Câmara de Representantes não contempla.

O presidente do Comitê de Finanças do Senado, Max Baucus, anunciou hoje que este plano será analisado em uma sessão na quarta-feira, e pode ser votado nesse mesmo dia ou no dia seguinte.

Hoje mesmo, em seu discurso do Estado da União, o presidente George W. Bush pediu que os legisladores aprovem com urgência o plano pactuado na semana passada, com objeto de injetar de maneira urgente os recursos que a economia americana precisa.