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 | 28/01/2008 02h40min

Ministro venezuelano diz que alguns setores desejam confronto com Colômbia

Maduro acusou os Estados Unidos de planejar a desestabilização na América do Sul

O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, disse neste domingo que a Venezuela mantém com o governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, "profundas divergências". Ele pediu ao povo colombiano que abra os olhos perante aqueles que querem levar ao "confronto entre nossos povos".

Em entrevista ao término da 10ª reunião de ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-americanas (Unasul), Maduro acusou "uma oligarquia que pretende levar os cenários de violência e de desintegração para a fronteira". O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "alertou com muita serenidade e muita firmeza" para a situação, disse Maduro, que falou sobre o assunto com o chanceler colombiano, Fernando Araujo, com quem se reuniu em particular no marco da reunião.

Ele afirmou que tinha transmitido a Araujo "a preocupação" que há, em sua opinião, em outros países da América do Sul, os quais não especificou, "com as informações que indicam que há setores aventureiros anti-venezuelanos que poderiam estar por trás de um plano para uma provocação de caráter militar contra a Venezuela".

—Ratificamos à opinião pública da Colômbia, ao povo nobre da Colômbia, que abra os olhos bem grande frente àqueles que querem levar a violência e querem servir de instrumentos para a desintegração e o confronto entre nossos povos — acrescentou.

Maduro acusou o "governo decadente dos Estados Unidos" de ter planos "para criar um cenário de desestabilização na América do Sul e mais ainda para abrir uma frente de desestabilização e violência contra a revolução bolivariana" e o governo de Chávez. Se apoiou para isso nas "declarações de funcionários americanos a partir daqui (Colômbia)", em referência às visitas recentes, entre outros, do chefe do departamento antidrogas dos Estados Unidos, John Walters, e da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.

Declarações que Maduro considerou "graves" contra Chávez, como de ser "facilitador e promotor de drogas" ou "quando é acusado de ser um risco militar, e de armar a guerrilha colombiana".

— O que fizemos foi alertar de maneira responsável e com um grande amor o povo colombiano sobre estes planos e esta situação — afirmou o chanceler venezuelano.

Ele reconheceu que Araujo rejeitou tais acusações.

— Manteremos a comunicação como sempre, aberta para nos dizer as verdades — disse.

O ministro de Exteriores colombiano afirmou que seu governo mantém "excelentes relações com os Estados Unidos", que, apontou, "não vão contra nenhum outro país", mas pediu discrição sobre as reuniões bilaterais e as conversas que segue mantendo com Maduro.

EFE

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