A segunda descoberta em poucos meses provoca nova corrida pelas ações da Petrobras. Os papéis preferenciais (PN) e ordinários (ON) movimentavam R$ 1,154 bilhão, ou cerca de 30% de todo o volume da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) por volta das 14h30min, de R$ 4,34 bilhões. As ações disparam 9,30% (PN) e 10,27% (ON) e fazem com que o Ibovespa tenha um comportamento diferente daquele observado nas Bolsas de Nova York. O índice brasileiro subia 4,05% às 14h30min, ante a máxima de 5,27% a 56.547 pontos. Nos EUA, o índice Dow Jones recua 1,23%.

No dia 8 de novembro do ano passado, a Petrobras anunciou a descoberta de petróleo leve em Tupi, na chamada camada pré-sal. A confirmação das reservas elevou a companhia do quinto para terceiro lugar no ranking entre as principais listadas em Bolsa de Valores no mundo todo. Se confirmados os 8 bilhões de barris recuperáveis anunciados, a companhia só perderia para a americana Exxon Mobil e a britânica BP em volume de reservas. Naquele dia, as ações PN da Petrobras fecharam em alta de 14,16%, cotadas em R$ 69,91. Hoje, os papéis valiam R$ 72,51 (às 14h30min).

Ontem à noite a empresa divulgou que descobriu "uma grande jazida" de gás natural e condensado no pré-sal da Bacia de Santos, próximo ao megacampo de Tupi. A descoberta, atribuída ao consórcio formado pela estatal (com 80% de participação) e Galp Energia (20%), está localizada em reservatórios com profundidade de cerca de 5.100 metros.

A descoberta pode transformar o Brasil em exportador de gás, diz o banco de investimento Bear Stearns em relatório. Atualmente, o Brasil importa cerca de 50% do gás que consome da Bolívia.

Entenda a crise dos mercados de ações no mundo