| 21/01/2008 17h58min
Ao chegarem para sua reunião regular em Bruxelas (Bélgica) nesta segunda-feira, alguns dos 15 ministros das Finanças dos países da zona do euro disseram que o risco de contágio de uma possível recessão nos Estados Unidos é menor hoje do que no passado porque economias como a da China e a da Índia continuam a crescer vigorosamente.
— Provavelmente os mercados avaliaram a situação nos EUA. Hoje, temos um dia muito especial e não deveríamos tirar conclusões exageradas ou permanentes. Estamos preocupados, no sentido de que temos de acompanhar o que está acontecendo a cada hora e tentar entender o que está acontecendo — disse o ministro espanhol, Pedro Solbes, referindo-se às quedas fortes sofridas pelas bolsas européias.
Para o ministro holandês, Wouter Bos, "os acontecimentos nos EUA ainda têm impacto na economia européia, mas muito, muito menos do que no passado.
— Vemos que a zona do euro tem negócios com muitos outros mercados no mundo, não só com
os EUA. A China e a Índia têm
influência crescente nos mercados mundiais, e eles continuam crescendo a um ritmo incrível.
O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Européia, Joaquín Almunia, declarou que a economia da zona do euro não será afetada "diretamente" pela desaceleração nos EUA e que "no passado, nossas economias eram mais dependentes dos EUA".
— Espero que as medidas que o governo dos EUA e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderão adotar nos próximos dias possam reduzir o risco de uma recessão — acrescentou.
Segundo a ministra francesa, Christine Lagarde, as quedas sofridas hoje pelas bolsas européias seriam tema da reunião, em cuja agenda também estava a elaboração de uma mensagem comum sobre o câmbio, a ser levada à próxima reunião de ministros do G-7, dia 9 de fevereiro em Tóquio. Sobre isso, o ministro holandês Bos disse que a zona do euro deve manter a linha de que as cotações das moedas devem refletir os fundamentos econômicos.
— O euro forte representa o
vigor da economia européia. Os fundamentos são bons — afirmou Bos.
A reunião prossegue amanhã, mas com a presença dos demais ministros das Finanças da União Européia, que reúne 27 países.
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