| 17/01/2008 21h24min
O colombiano Gustavo Moncayo, pai de um soldado há 10 anos mantido refém pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), chegou nesta quinta-feira a pé a Caracas, capital da Venezuela. A caminhada iniciou em Bogotá, capital colombiana, em 19 de novembro, para pedir uma "troca humanitária" de seqüestrados da guerrilha por rebeldes presos. Como vem fazendo desde que entrou em território venezuelano, em 2 de janeiro, Moncayo criticou, diante de jornalistas, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e o comissário colombiano para a paz, Luis Carlos Restrepo, o qual chamou de "comissário para a guerra".
— Entristece-me a pobreza de espírito e mentalidade de ambos. Não lhes interessa que haja paz na Colômbia e que nossos entes queridos voltem à liberdade, são maquiavélicos. Estão mais interessados em uma guerra (com a Venezuela) — disse.
Na noite de hoje, o pai do soldado será recebido pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, a quem apoiou em seu pedido feito à
comunidade internacional
para que os guerrilheiros colombianos sejam reconhecidos como força beligerante.
Moncayo disse que o país "está entregue aos imperialistas, está vendido" e acrescentou que ao conflito armado colombiano "é necessário vontade para uma saída política civilizada, que é o que se quer". Segundo o pai do soldado, em sua caminhada foram recolhidas "cerca de 2 milhões de assinaturas" em apoio "à troca e ao acordo humanitário". Ao entrar na Venezuela, no início do ano, declarou:
— Nós estamos preparados para os duros golpes que sempre foram aplicados pelo governo (de Uribe, cujos integrantes), sempre buscam colocar obstáculos (às tentativas de libertação dos seqüestrados).
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