| 16/01/2008 21h17min
O senador Edison Lobão (PMDB-MA) concedeu nesta quarta-feira a primeira entrevista como novo ministro de Minas e Energia afirmando que não haverá crise de fornecimento de energia elétrica no país. As informações são do site G1.
— O ministério tem tomado todas as providências. Temos que ser otimistas. Não temos risco de apagão. As chuvas estão caindo, graças a Deus — disse.
Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que durou cerca de uma hora, Lobão anunciou a formalização do convite. A posse foi marcada para a próxima segunda-feira. Ele rebateu as críticas de que não tem conhecimento técnico para assumir a pasta de Minas e Energia.
— Esse ministério já teve 11 ministros políticos. Eu não sou um técnico. Eu sou um político e sou um administrador capaz de formar sua equipe. O presidente, quando tem que nomear um ministro, ele imagina um administrador que saiba administrar, e não um técnico — afirmou Lobão.
O
parlamentar foi cauteloso nas respostas, mas sinalizou
que pretende modificar a equipe do ministério. O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, nome de confiança da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, não exercerá outra função na pasta. Ele poderia voltar para a secretaria-executiva, mas, segundo Lobão, “já manifestou a intenção de assumir outras atividades”.
Lobão negou que Dilma tenha mostrado resistência à indicação dele para o Ministério de Minas e Energia, de acordo com a Agência Estado.
— Ela inclusive disse ter apreço por mim — salientou.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que a nomeação de Lobão foi uma vitória da base aliada.
Senado
O senador afirmou que seu filho e suplente, Edison Lobão Filho (DEM-MA), assumirá a vaga no Senado. Lobão Filho sofre acusações de irregularidades. Ele é investigado pelo Ministério Público do Maranhão por suposta participação, como sócio oculto, da
distribuidora de bebidas Itumar, empresa que comandaria uma rede de
sonegação de impostos no Maranhão.
A Itumar, segundo a Promotoria, sonegou R$ 42 milhões desde 2000. O novo ministro disse que uma das hipóteses avaliadas é que seu filho assuma o cargo e se licencie para responder às acusações.
— Ele pretende se defender fora do Senado. Ele não tem nenhuma acusação associada a órgãos públicos. Estou convicto de que ele é inocente, mas, se for o caso, ele responderá até na Justiça, caso seja necessário — avaliou.
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