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 | 19/12/2002 09h57min

IPCA-E da Capital registra variação de 12,66% em 2002

IPCA-15 de Porto Alegre ficou em 2,79%, inferior ao índice brasileiro

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) de Porto Alegre registrou uma variação de 12,66% em 2002. A informação foi divulgada nesta quinta, dia 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é superior a média nacional, que ficou em 11,99% O acumulado do trimestre na Capital registrou 6,04%, inferior ao índice nacional de 6,14%.

No Brasil, os preços dos alimentos aumentaram 18,11%, sob pressão de produtos direta ou indiretamente vinculados ao dólar. As maiores altas foram de: farinha de trigo (73,14%), óleo de soja (69,06%), açúcares refinado (61,77%) e cristal (48,79%), farinha de mandioca (48,34%), feijão carioca (42,80%), ovos (38,17%), macarrão (34,87%), azeite (36,35%), pão francês (36,03%), fubá de milho (34,51%) e arroz (32,61%).

O IPCA-E segue a mesma metodologia do IPCA, mas é divulgado ao final de cada trimestre, sendo formado pelas taxas do IPCA-15 de cada um dos três meses de referência.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de dezembro da Capital gaúcha ficou em 2,79% – inferior a média nacional, de 3,05%. No país, os preços dos alimentos atingiram variação de 5,60%, acima do resultado de 4,47% de novembro.

No período, enquanto alguns produtos apresentaram redução no ritmo de crescimento de preços, outros mostraram aceleração na taxa. É o caso do pão francês (de 9,78% para 2,70%) e do óleo de soja (de 10,61% para 6,65%) em contraposição à farinha de mandioca (de 3,35% para 20,63%) e ovos (de 8,36% para 15,99%).

A gasolina, com alta de 8,03%, refletiu, nas bombas, o repasse do reajuste de 12,09% ocorrido nas refinarias a partir do dia 04 de novembro. Da mesma forma, a variação de 14,05% no gás de cozinha, se deve ao reajuste de 22,1% em vigor a partir de 05 de novembro. No álcool combustível, a alta foi de 16,79%, devido a repasse de reajustes praticados pelos usineiros.

O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.


 

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