| 14/01/2008 09h16min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje no seu programa semanal de rádio, o Café com o Presidente, que o Brasil vai continuar a trabalhar para que mais reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sejam libertados.
— É uma questão humanitária, e o Brasil continuará contribuindo para que mais seqüestrados sejam libertados — explicou.
Na última quinta-feira, duas reféns das Farc foram libertadas numa operação coordenada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e pela Cruz Vermelha Internacional. A ex-candidata à vice-presidência da Colômbia Clara Rojas e a ex-senadora Consuelo Gonzáles estavam em poder das Farc há mais de quatro anos. Para Lula, a libertação é um sinal de que mais reféns podem vir a ser libertados.
— Portanto, o apelo que eu faço é que o governo colombiano e o meu amigo, o presidente Uribe, mais os dirigentes das Farc se coloquem de acordo para que se possa libertar mais pessoas que estão seqüestradas,
algumas há cinco anos, quatro anos,
seis anos — disse o presidente da República.
O presidente viajou hoje para a Guatemala, onde acompanha a posse do novo presidente Álvaro Colón Caballeros e do vice, Rafael Espada.
— A posse do presidente Álvaro Colón é um momento importante da Guatemala, porque ele é um homem progressista, um homem que tem compromissos sociais, já demonstrou interesse em aprender as políticas sociais brasileiras — disse Lula, lembrando que o Brasil tem como estratégia a aproximação com os países da América Central e da América Latina.
— Pretendemos fazer com que o Brasil contribua com o desenvolvimento daqueles países, aumente a nossa balança comercial com eles para que nós possamos, produzindo em alguns países da América Central, fazer com que alguns produtos brasileiros cheguem aos Estados Unidos numa situação eu diria melhor, sem taxação de impostos como é hoje — afirmou Lula.
Depois da Guatemala, Lula viajará para Cuba para a assinatura de
vários acordos de cooperação.
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