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 | 03/01/2008 19h20min

Farc divulgam mensagem pedindo "ofensiva geral" contra governo

Líder dos rebeldes reivindicou ataques armados em estradas, caminhos, floresta e centros urbanos e quartéis

O fundador e chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Pedro Antonio Marín, conhecido como "Manuel Marulanda" ou "Tirofijo", reivindicou uma "ofensiva geral" dos membros da guerrilha em mensagem de fim de ano divulgada nesta quinta-feira em um site.

Em nota do dia 24 de dezembro e divulgada pela Agência Bolivariana de Imprensa (ABP), o rebelde disse ser "conveniente aproveitar a crise geral que o governo atravessa e o cansaço refletido em algumas unidades militares para começar a preparar as condições para organizar uma ofensiva geral".

Manuel Marulanda pediu aos chefes sob seu comando que lancem "ações armadas em estradas, caminhos, floresta, centros urbanos, casarios e quartéis, sem dar trégua ao inimigo, da mesma forma como ele faz".

O líder das Farc reivindicou a "utilização das diversas formas de ação, como mobilizações com alvos muito concretos, reivindicações ao Estado pela paz, defesa dos direitos humanos, interrupções cívicas, denúncias de massacres e decretos oficiais, a organismos competentes nacionais e internacionais".

Em referência à "política de segurança democrática" promovida pelo chefe de Estado, Álvaro Uribe, afirmou que é "indispensável desmascarar a mentira do presidente transmitida pela imprensa falada e escrita sobre os sucessos obtidos por seu governo contra as Farc, em que garante ter matado 8 mil guerrilheiros e desmantelado 20 frentes de combate".

Manuel Marulanda criticou o governo por não aceitar o acordo humanitário pelo qual serão trocados 45 políticos, norte-americanos, soldados e policiais seqüestrados por 500 rebeldes da guerrilha que estão presos.

O mesmo site publicou uma mensagem de fim de ano do Secretariado do Estado-Maior Central das Farc, de tom mais moderado, em que reivindica a todo o país "esforços pela solução política do conflito".

O secretariado afirmou que em "2008 a luta de nosso povo será mais intensa e ampla para recuperar as conquistas salariais e combater as privatizações neoliberais, por um salário mínimo justo".

No comunicado, as Farc afirmaram que, se "durante 2007 o interesse mundial por fornecer solução política para o confronto que assola nosso país foi grande, o ano que começa será generoso em solidariedade internacional, apesar dos problemas que Álvaro Uribe atravessa por impedir a troca de prisioneiros".

EFE
 

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