O dólar negociado à vista no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros abriu o dia praticamente estável, em baixa de 0,01%, a R$ 1,777.

O primeiro pregão de 2008 deve ser de baixo volume de negócios no mercado doméstico de câmbio. E a abertura deve servir para os investidores ajustarem as cotações. No dia 31 houve transações no Exterior, enquanto aqui os investidores já preparavam a festa de Ano-Novo. E o humor com que 2007 chegou ao fim lá fora não foi dos melhores. Por isso espera-se alta para o dólar no início desta quarta-feira.

A pressão esperada para os primeiros negócios está atrelada também à agenda forte do dia. Nos EUA, há dados relevantes, embora a diferença de fuso horário adie pelo menos parte dos impactos possíveis para amanhã. O Índice de Atividade Industrial (ISM) de dezembro e os gastos com construção em novembro saem às 13h e podem mexer com as transações à tarde. Mas o destaque do dia, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (sobre o corte no juro dos EUA em dezembro), será conhecido somente às 17h e, se definir negócios, aqui fica para a abertura de amanhã.

No Brasil, o destaque é a inflação, que promete ser a preocupação dos primeiros meses do ano e é também o tópico deste primeiro dia útil de 2008. O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) de até 31 de dezembro já foi divulgado e, assim como as taxas anteriores, ficou perto das estimativas mais altas do mercado, em 0,70%. O mercado esperava variação entre 0,66% e 0,71%. Mas esse indicador tende a mexer mais com o juro do que com o dólar, pelo menos num primeiro momento. Se, no entanto, a inflação alta começar a consolidar expectativas de que a taxa básica de juros (Selic) possa vir a subir, será um fator de previsão de queda para o dólar.