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 | 01/01/2008 16h23min

Brasil lamenta que "as circunstâncias" tenham impedido libertação de reféns das Farc

Delegados anunciaram que missão será retomada quando houver todas as condições de segurança

O governo brasileiro lamentou nesta terça-feira que uma operação humanitária internacional não tenha conseguido a libertação de três reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e enviou uma mensagem de solidariedade aos parentes dos seqüestrados.

Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores, afirmou que o "governo brasileiro lamenta que as circunstâncias tenham impedido, neste fim de ano, a esperada libertação da Senhora Clara Rojas, de seu filho Emmanuel e da Senhora Consuelo González" que se encontram em poder das Farc.

"O governo brasileiro reitera sua solidariedade com as famílias das pessoas seqüestradas, assim como seu apoio aos esforços conduzidos pelo presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez", acrescenta o texto.

Também envia seu apoio à comissão de delegados internacionais que, "em coordenação com o presidente da República da Colômbia, Álvaro Uribe, acompanha nos últimos dias as tratativas com vistas à libertação daqueles cidadãos colombianos".

Uribe pôs em dúvida a versão das Farc que atribuiu o fracasso da entrega a mobilizações de militares na zona de floresta onde seriam entregues os reféns.

O presidente colombiano também duvidou que Emmanuel — nascido no cativeiro — continue em poder dos guerrilheiros.

A Chancelaria também expressou sua "satisfação" com a decisão da comissão de suspender temporariamente sua presença na Colômbia, e reassumir a missão "assim que estejam dadas as condições necessárias para a entrega dos reféns".

"O governo brasileiro reitera seu apoio ao processo de paz na Colômbia, assim como a disposição de aprofundar sua contribuição a iniciativas de fortalecimento do diálogo interno naquele país", acrescenta o comunicado.

Os delegados dos sete países que chegaram à Colômbia como fiadores da entrega de três reféns das Farc anunciaram ontem que retornarão a cumprir a missão quando houver todas as condições de segurança.

A comissão, que contou com o apoio da Cruz Vermelha Internacional, esteve liderada pelo ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner e pelo chanceler argentino, Jorge Taiana.

Também teve a participação do assessor de Assuntos Internacionais da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, do diplomata brasileiro Hélio Cardoso, do vice-ministro de Coordenação com os Movimentos Sociais da Bolívia, Sacha Llorenti, e o ex-ministro do Interior do Equador Gustavo Larrea.

EFE
 

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