| 26/12/2007 12h43min
O governo argentino está apressado para colocar em funcionamento o novo horário de verão no país. O projeto de lei do Executivo, enviado na semana passada ao Congresso, será colocado em votação no plenário ainda hoje, em sessão convocada em urgência. O projeto prevê o adiantamento dos relógios em uma hora, a partir da zero hora do dia 30 de dezembro, até o dia 16 de março. O objetivo é aproveitar por mais tempo a luz do dia e, com isso, poupar energia. O programa prevê uma economia entre 6% e 10% de energia.
A mudança do fuso horário é a principal medida do Programa Nacional de Uso Racional e Eficiente da Energia (Pronuree), anunciado na última semana pela presidente Cristina Fernández de Kirchner e seu ministro de Planejamento, Julio De Vido.
Outras decisões implicam em incentivar a compra de lâmpadas de baixo consumo com preços subsidiados, um plano de economia de energia no setor público e a concessão de créditos brandos para a troca de eletrodomésticos. A mudança
de fuso horário este ano
começará tarde, mas a partir de 2008 deverá ser iniciada entre outubro e março.
A iniciativa de Cristina não recebeu críticas da oposição, mas essa não dará quórum na sessão de hoje para tratar a lei rapidamente porque os parlamentares estão viajando para as suas províncias. O governo enfrenta o mesmo problema com a bancada governista, convocada desde a última quinta-feira para estar presente hoje. A questão é que, como ontem foi Natal, muitos vivem em províncias mais distantes e vão demorar a chegar à Buenos Aires. Os líderes nas duas casas mandaram carros oficiais com motoristas para buscar os parlamentares que não dispunham de vôos para viajar.
O quórum necessário para a votação é de 129 deputados na Câmara e de 37 membros no Senado. O governo tem maioria em ambas as casas, embora só tenha três dias para aprovar a matéria que permitirá a mudança do fuso horário.
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