| 14/12/2002 14h30min
O conselho permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu neste sábado, dia 14, voltar a se reunir na próxima segunda, dia 16, num esforço renovado para chegar a um consenso sobre uma resolução que contribuiria para solucionar a crescente crise na Venezuela. A decisão de adiar a resolução foi feita ao final de uma sessão que durou quase 16 horas, depois que delegados de 34 países do continente debateram uma proposta entregue por Argentina, Bolívia, Costa Rica e Peru, e contava ainda com o apoio dos Estados Unidos.
A resolução pedia "uma solução pacífica, democrática, constitucional e eleitoral'' para a crise na Venezuela, que vive uma tensa situação há 12 dias com a greve geral organizada pela oposição que luta pela renúncia do presidente Hugo Chávez. A oposição quer eleições imediatas ou então a renúncia do presidente, a quem acusam de arruinar o país com suas políticas populistas e retórica de confronto.
O embaixador venezuelano na OEA, Jorge Valero, havia apresentado outra proposta, que solicitava apoio "de forma plena e absoluta'' ao governo Chávez e não fazia qualquer referência a eleições. Roger Noriega, o embaixador dos Estados Unidos na OEA, disse que a proposta venezuelana requeria "emendas substanciais''. A Casa Branca emitiu um comunicado nessa sexta, dia 13, em que pela primeira vez pedia abertamente a realização de eleições antecipadas como uma forma de acabar com a crise.
O governo Chávez aceita eleições unicamente dentro do cronograma fixado pela Constituição, que abre possibilidade de eleições em agosto de 2003. Até a divulgação do comunicado, os Estados Unidos haviam aprovado a realização de uma saída eleitoral, mas sem especificar se preferiam a solução imediata, como deseja a oposição, ou o calendário constitucional, como prefere o governo. As informações são da Reuters.
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