| 14/11/2007 11h59min
O Brasil não apresentou até agora um pedido formal para ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), informou hoje em Riad o secretário-geral do cartel, o líbio Abdalla Salem el-Badri.
— Não recebemos nenhum pedido expresso do Brasil para fazer parte da organização — disse Badri, em resposta a uma pergunta da imprensa relacionada à recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o país desejava entrar na Opep.
No último fim de semana, Lula anunciou que, após a descoberta confirmada do campo na Bacia de Santos, duplicando as reservas do país, desejava que o Brasil fizesse parte da organização.
— Obviamente, temos a intenção de participar de um fórum no qual possam ser discutidas políticas para o mundo inteiro — afirmou Lula a jornalistas que estavam em Santiago do Chile por ocasião da 17ª Cúpula Ibero-americana.
No entanto, o presidente acredita que o Brasil só estaria apto a se
candidatar a uma vaga na Opep dentro de cinco ou seis
anos, quando deverá ter se transformado em um exportador líquido de petróleo. Hoje, Badri ressaltou que, além deste requisito básico, o Brasil só entraria na organização se defendesse "os mesmos interesses" que o cartel.
— Não exigimos nada de nenhum país, mas são bem-vindos aqueles que tiverem os mesmos interesses que nós — disse o secretário-geral em entrevista coletiva concedida por ocasião da Cúpula de Chefes de Estado, a terceira realizada pela organização em seus 47 anos de história.
A reunião está prevista para ocorrer entre os dias 17 e 18 deste mês em Riad e foi marcada devido à adesão de novos membros no grupo. Na ocasião, será ratificada a entrada do Equador, que tinha abandonado a organização em 1992, e que volta à Opep em um ano que começou com a entrada de Angola.
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