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 | 13/11/2007 14h19min

Petrobras: não há restrição de gás neste momento

Diretor da estatal diz que é possível que preço venha a ser reajustado

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a situação de restrição do fornecimento de gás natural, que levou ao corte do suprimento para distribuidoras de São Paulo e do Rio de Janeiro, já foi normalizada.

— Não há restrição de gás natural neste momento. O mercado já está em equilíbrio — disse após reunião com analistas sobre os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2007.

O executivo não soube detalhar se a Petrobras está despachando, neste momento, térmicas a gás para atender determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ainda assim, garantiu que a situação atual do mercado é de equilíbrio. Barbassa contou ainda que a oferta de gás no mercado interno será reforçada neste mês, com a adição de 5 milhões de metros cúbicos por dia oriunda de Peroá Fase 2 (Plataforma de Peroá). A segunda fase de Peroá e o campo de Camarupim (FPSO Cidade de São Mateus), com capacidade de produzir 10 milhões de m³/d a partir de dezembro de 2008, foram apontados como um dos principais projetos na área de gás natural para os próximos meses.

Esses empreendimentos integram o Plangás, que ampliará a oferta de gás ao Sudeste em 24 milhões de m³/d até o final do próximo ano, totalizando 40 milhões de m³/d. Barbassa afirmou que a colocação dessa nova oferta de gás natural não se dará com base nas condições anteriores, nos quais os contratos eram do tipo firme, ou seja, a oferta era ininterrupta.

— Os novos contratos irão refletir a possibilidade de entrega do gás e a possibilidade de colocação das distribuidoras do produto aos seus mercados — disse, revelando que a Petrobras pretende firmar com as distribuidoras contratos do tipo firme flexível, que na hipótese da falta de gás prevê a substituição de energético substituto. — Essa é uma condição importante para o mercado de gás, uma vez que permite administrar a demanda pelo insumo e proporciona flexibilidade ao sistema — justificou.

Ele afirmou que é natural o grande crescimento da demanda por gás verificada atualmente no país. Por conta da limitação de oferta e da defasagem de preço em relação aos insumos substitutos, principalmente na comparação com o óleo combustível, Barbassa admitiu que é muito provável que no futuro o preço do gás natural venha a ser reajustado. Recentemente, a diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster, disse que o gás nacional sofreria aumento real entre 15% e 20%. Sobre a Bolívia, o diretor da estatal disse que a companhia ainda não decidiu quais investimentos serão realizados no país vizinho. Mas garantiu que o fornecimento de gás boliviano vem sendo cumprido normalmente, inclusive acima dos 30 milhões de m³/d contratados.

— A Bolívia já chegou a nos entregar 31,5 milhões de m³/d, acima do contratado — contou.

Agência Estado
 

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