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 | 04/11/2007 22h43min

Superioridade do Figueira fez justiça no fim da partida

Gol de Otacílio Neto no final deu a vitória para o melhor time em campo

A justiça no futebol é relativa. Não existe escala para medir se o time mereceu ou não sair vitorioso. Se atacou mais e não teve a capacidade de fazer o gol, como dizer que foi injusto? Se em um chute, a bola entrou, como afirmar que não foi merecido? Mas caímos na armadilha de ponderar. No sábado, a vitória de 2 a 1 do Figueirense sobre o Grêmio teve ares de justiça.

Porque o alvinegro catarinense foi melhor durante grande parte dos 90 minutos e mereceu os três pontos, independente de estar na casa do adversário. O time não só buscou o gol como neutralizou as principais virtudes tricolores.

A bola aérea era uma das maiores preocupações. Tanta, que os defensores talvez tenham abusado no ímpeto de conter os atacantes. O pênalti, ainda na etapa inicial, foi o único "desvio de conduta" apresentado pelo Figueira.

Dúvidas a parte, o fato é que o árbitro assinalou a infração e o goleiro Saja converteu, confirmando a legitimidade da frase: a justiça no futebol é relativa. O mais fanático dos torcedores, porém, achará que a falha grotesca do goleiro gremista foi uma redenção. No chute de Fernandes, já no segundo tempo, Saja engoliu um frango.

Depois veio o golpe final, na arrancada fulminante de Otacílio Neto, aos 40 minutos. A virada pôs "ordem" no jogo. Ordem que o técnico Alexandre Gallo avaliou com moderação:

_ Acertamos a quantidade de passa da nossa média. No jogo do Fluminense foi muito ruim e hoje todos os jogadores se apresentaram de maneira boa. Venceu a melhor equipe. Tecnicamente, nós fomos melhores, tivemos mais posse de bola, consciência do passe e chegamos mais vezes no gol do adversário.

Otacílio disse que gol foi "dica" de Gallo

Lógico que essa superioridade não vem à toa. Ela é construída.

– Analisamos muito o Grêmio e os jogadores foram extremamente obedientes. Quando o grupo é assim, as coisas ficam fáceis – completou o treinador alvinegro.

O golaço de Otacílio Neto é um exemplo prático, teve a união da razão e do improviso.

– O Gallo tinha pedido para eu pegar essa bola e girar em cima dos zagueiros, pois com o campo grande e minha velocidade eu levaria a melhor – revelou o camisa 11.

Além da tática, técnica e criatividade, outros dois elementos do futebol foram importantes: a parte psicológica e emocional. E eles estão inseridos no que disse o ala Ruy, após a partida.

_ A nossa equipe tem bastante personalidade. Saímos atrás, mas tivemos a hombridade de buscar o resultado.

DIÁRIO CATARINENSE

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