Mano Menezes prepara um Grêmio ofensivo como não se vê desde sua chegada, em abril de 2005. Os centroavantes Marcel e Tuta podem atuar juntos no sábado, contra o Goiás. Jonas seria recuado para a função de meia.

A idéia original é escalar Nunes e Labarthe nas vagas de Eduardo Costa e Sandro, suspensos. Mas Labarthe ainda se recupera de dores musculares. O que leva o técnico a ousar. O Grêmio precisa vencer para voltar à zona da Libertadores.

— Para quem não sabe, Jonas surgiu como meia, no Guarani. Testei no segundo tempo contra o Palmeiras, mas a resposta não foi a esperada. Posso trabalhar com dois homens por dentro, como contra o Botafogo. Vamos testar — anunciou Mano.

Quando fala em "dois homens por dentro", Mano se refere a dois centroavantes. Não seria uma formação inédita. Marcel e Tuta atuaram juntos dia 2 de setembro, nos 3 a 0 sobre o Botafogo, no Olímpico. Tuta fez os três gols. A diferença, naquele jogo, é que havia dois volantes no time — Eduardo Costa e Labarthe. A cirurgia de apendicite de Marcel impediu que a dupla seguisse no jogo seguinte, contra o Vasco.

A mudança tática implicará mexida no meio-campo. A rigor, Nunes seria o único volante. Tcheco atuaria na segunda função, auxiliado por Diego Souza. Jonas seria o meia, sem maior compromisso com a marcação.

O que Mano descarta de imediato é a reivindicada troca de Tuta por Marcel. Considera injusto responsabilizar Tuta pela derrota de 2 a 0 para o Palmeiras, sábado.

— Sempre se pede que um técnico altere rápido uma situação. Só que os técnicos, geralmente, demoram um pouco mais. O risco é acabar perdendo os dois jogadores — disse.