Cerca de 165 torcedores do River Plate e 15 do Boca Juniors não poderão entrar no Estádio Monumental no domingo para assistirem ao maior clássico do futebol argentino. Os integrantes foram banidos por uso de violência nos estádios.

Depois do assassinato do torcedor Martín Gonzalo Acro, o River apresentou à polícia uma lista de 38 torcedores impedidos de entrar no estádio. A lista aumentou com o decorrer dos jogos e atualmente 165 torcedores do clube com antecedentes de violência estão proibidos pela Justiça de assistirem as partidas ao vivo.

As filas para comprar ingressos para o jogo entre River e Boca se estenderam nesta segunda-feira por 500 metros, sob forte chuva, até que as bilheterias fossem abertas apenas para os sócios do River.

Os torcedores do Boca terão direito a somente 2,4 mil ingressos, o que pode gerar descontentamentos e tensão na próxima quarta-feira, quando as entradas devem se esgotar rapidamente.

No domingo, o suposto chefe da torcida organizada do Boca Juniors, Mauro Martín, e outro integrante foram presos perto de Rosario, onde a equipe de Miguel Angel Russo perdeu por 1 a 0 do Newell´s Old Boys, em um jogo pelo campeonato argentino. Os dois foram acusados dos crimes de "briga, atentado e resistência à autoridade", por brigarem com outros torcedores em Rosario, 300 quilômetros ao norte de Buenos Aires.

O Boca tem 15 torcedores violentos proibidos de entrar nos estádios, além dos dois acusados neste final de semana. Estes torcedores também não poderão assistir nos estádios os jogos da seleção argentina de futebol pelas eliminatórias da Copa do Mundo da África do Sul 2010, pois será aplicado o direito de admissão pela primeira vez na história.

Estima-se que quase 280 torcedores com antecedentes violentos serão proibidos de ver a seleção argentina jogar no próximo dia 13 de outubro, na estréia contra o Chile.

 

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