| 28/11/2002 18h17min
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) voltou a disparar em novembro, em mais uma evidência do efeito nocivo da alta do dólar sobre os índices de preços. O IGP-M subiu 5,19% este mês, comparado a uma alta de 3,87% em outubro, informou nesta quinta, dia 28, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi o maior índice desde a introdução do Plano Real.
O resultado ficou um pouco acima do teto das estimativas de alguns economistas, que esperavam um índice entre 4,6% e 5 % por conta principalmente do câmbio e dos reajustes dos combustíveis. No ano, o IGP-M acumula alta de 20,78% e, em 12 meses, de 21,05%.
Na introdução do real em julho de 1994, a FGV calculou a inflação de duas formas. De uma, ela considerou a variação dos preços em cruzeiros reais, a moeda anterior. Por este cálculo, a inflação medida pelo IGP-M foi de 40% em julho e de 7,56% em agosto daquele ano. Mas a FGV também calculou a variação dos preços em reais, a nova moeda. Nesta metodologia, a inflação de julho foi de 4,33% e a de agosto, de 3,94%.
Entre os sub-índices, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% no IGP-M, subiu 6,73% em novembro, comparado com uma alta de 5,62% em outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%, teve uma alta de 2,51%, ante uma alta de 0,91% no mês passado. Já o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 2,19%, comparado com uma alta de 0,82% em outubro. O INCC tem peso de 10%.
O período de coleta do IGP-M se refere aos dias entre 21 de outubro e 20 de novembro.
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