| 06/09/2007 16h51min
A FIA anunciou nesta quinta uma punição de US$ 50 mil – ou pouco mais de R$ 97,5 mil – à McLaren. De acordo com a entidade, a escuderia inglesa utilizou uma nova caixa de câmbio no GP da Hungria, sem que a peça fosse submetida aos testes obrigatórios de impacto. Os testes só foram realizados pela equipe após o GP da Turquia, três semanas depois, com a promessa de Ron Dennis de reutilizar a caixa de câmbio em questão no GP da Itália neste final de semana. A manobra vai de encontro com o regulamento da categoria, que prevê testes específicos para cada nova estrutura relevante nos carros antes que as mesmas sejam utilizadas em corridas.
A McLaren concordou com as alegações da FIA, que afirmavam ser mais leve a nova peça dos carros de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton. Mesmo assim, alegou que não considerava a mudança significativa suficiente para realizar novos testes de impacto.
Os comissários da Federação, é claro, discordaram. Segundo os dirigentes, a McLaren “privou a FIA da oportunidade de conhecer as mudanças feitas antes da corrida e de solicitar os testes de impacto anteriores à aprovação de seu uso”. A resposta foi dada em documento oficial, que esperava mais clareza do time de Ron Dennis.
– Com tais informações disponíveis, os testes poderiam ter sido realizados antes do GP da Hungria, permitindo que a peça fosse utilizada sem quaisquer críticas – afirmava a carta da FIA.
A McLaren ainda responde a processo anterior de espionagem contra a Ferrari. E nesta quarta-feira, a Federação ainda anunciou ter novas provas a respeito do caso, marcando uma nova audiência para o próximo dia 13. Por enquanto, nada foi divulgado sobre a audiência extraordinária, mas a revista Autosport acredita tratar-se de informações recolhidas em uma troca de e-mails entre Fernando Alonso e Pedro de la Rosa. A Ferrari confirmou presença e afirmou esperar que “a verdade apareça”.
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