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 | 20/08/2007 16h11min

Latas com fotos de Chávez e Humala causam polêmica no Peru

Recipientes trazem mensagens de solidariedade à população

A suposta distribuição de latas de peixe com fotografias do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e do líder nacionalista peruano, Ollanta Humala, causou polêmica no Peru.

O jornal Expreso informou hoje que as latas possuem um rótulo com as fotos e o slogan "Diante dos saques, do desespero e do caos. Solidariedade com nossos compatriotas", o que despertou as críticas do governo. Venezuelanos e nacionalistas negaram que a iniciativa tenha sido deles.

– Não é o momento de se aproveitar das circunstâncias para fazer propaganda eleitoral. É preciso levar ajuda sem rótulos, sem querer ganhar indulgências com a tragédia humana – afirmou o presidente peruano, Alan García.

García insinuou que a distribuição tenha sido realizada pelo Partido Nacionalista Peruano, por considerar que Chávez não tem necessidade de fazer campanha política no Peru, segundo a agência oficial Andina.

O presidente confiou na "sinceridade e na vontade de ajudar" do governo venezuelano, que enviou um avião com assistência humanitária.

A assessora de imprensa do partido nacionalista, Cynthia Montes, qualificou de "covarde" a insinuação de García e insistiu em que a legenda "não quis obter benefícios políticos com a entrega da ajuda".

Montes negou que o partido tenha confeccionado os rótulos e pediu a abertura de uma investigação.

Os nacionalistas distribuíram mantimentos, água, fraldas, e remédios nas localidades de Chincha e Pisco. A ajuda foi entregue aos prefeitos.

A porta-voz insinuou que o governo pode estar por trás disso, para desviar a atenção devido às críticas que recebeu em relação à ineficiente distribuição da ajuda nas áreas de emergência.

O embaixador da Venezuela no Peru, José Armando Laguna, também negou que o país utilize a ajuda humanitária com fins políticos.

Segundo a Andina, Laguna afirmou que as autoridades venezuelanas desconheciam a iniciativa denunciada pelo jornal Expreso.

"(...) Não há nenhuma propaganda política. É uma manobra daninha, uma manobra vil, porque a Venezuela trouxe apoio humanitário, não trouxe tendências políticas nem partidarização", acrescentou.

AGÊNCIA EFE
 

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