| 24/11/2002 20h23min
O lateral-esquerdo Chiquinho foi uma das poucas notícias boas no Beira-Rio neste Brasileirão 2002. Estreou no time substituindo Cássio na sétima rodada, quando Inter goleou o Santos por 3 a 0. Com atuação de destaque no jogo, passou a ter seu nome exigido pela torcida, mas amargou o banco de reservas até o último jogo, contra o Paysandu. Chiquinho, de 19 anos, se diz colorado "desde criança" e não se conforma em apenas ter escapado do rebaixamento.
– A torcida é muito grande para passar por essa humilhação, de comemorar para não cair, temos que comemorar por entrar entre os oito, por títulos – declarou o jogador à Rádio Gaúcha.
Chiquinho confirma a falta de profissionalismo de alguns jogadores do Inter, que chegaram alcoolizados em dia de concentração e que faltavam treinamentos. O fato já havia sido denunciado pelo goleiro Clemer na semana passada. Para o jovem lateral, faltou comando no vestiário.
– A gente sentia que faltava alguém de comando ali dentro, foi o meu primeiro ano como profissional, no júnior não tinha isso. Alguns jogadores faziam o que queriam, treinavam quando queriam. Não pode acontecer isso, não pode ter vaidade – desabafou o jogador.
O lateral está otimista com a próxima temporada. Espera que o clube faça contratações "de nível", que o próximo técnico tenha pulso e saiba conduzir o time rumo às vitórias.
– Tem que ter um paizão ali dentro. Que chame o time pra ele, para que caminhe todo mundo no mesmo sentido. Um treinador que puxe e chame o grupo pra ele. Aí vai ser bem melhor – afirmou.
Com informações da Rádio Gaúcha.
Chiquinho chora após a vitória contra o Paysandu, que manteve o colorado na Série A
Foto:
Fernando Gomes
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