O Inter terá até a próxima sexta-feira, dia 24, para apresentar a defesa de Marcão para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O zagueiro foi suspenso preventivamente por 30 dias por ter sido flagrado no exame antidoping na derrota do clube para o Juventude, em uma partida válida pela 13ª rodada do Brasileirão.

A data do julgamento de Marcão será definida nos próximos 10 dias. O jogador corre o risco de pegar pena de até 360 dias de suspensão.

O exame indicou que o zagueiro consumiu Carboxi-Finasterida. A substância era utilizada pelo jogador em um tratamento capilar, mas tem como efeito colateral a redução da taxa de testosterona no organismo.

Assim que teve a confirmação de que o zagueiro Marcão havia caído no exame antidoping, o Inter tratou de isolar o jogador e evitar que ele tivesse contato com a imprensa. O jogador viajou para Curitiba, onde reside a sua família.

O zagueiro não havia comentado com a direção que consumia o medicamento para tratamento capilar. A questão foi comentada pelo técnico Abel Braga, na entrevista coletiva desta sexta:

– Para o grupo serve de exemplo. Qualquer coisa que se tome tem que ser comunicada ao médico. Hoje as coisas são assim.

A defesa ainda está sendo montada. O Inter aguarda contatos com médicos e químicos para preparar os argumentos.

Marcão já havia sido sorteado no teste antidoping quando ainda jogava pelo Atlético-PR, em uma partida realizada contra o Santos em 27 de maio. Mas os exames não apontaram nada.

De acordo com o vice-presidente jurídico do Inter, Luiz Antonio Lopes, o zagueiro não agiu de má fé. Além disso, a substancia não é dopante, segundo o advogado.

– Estamos analisando. Não temos uma situação fechada ainda. É uma questão técnica, médica e química. Temos que encontrar todos esses dados para estudar a defesa – afirma Lopes.