| 16/08/2007 12h29min
Ainda não há indícios de que brasileiros estejam entre as vítimas do terremoto que matou pelo menos 350 pessoas no Peru. A informação é do João Marcelo Galvão de Queiroz, chefe de imprensa da embaixada do Brasil em Lima, capital do país. A embaixada está fazendo contato com as autoridades das cidades mais afetadas para apurar se há brasileiros entre as vítimas.
Conforme Queiroz, a concentração da comunidade brasileira é em Lima, quatro horas distante do epicentro do terremoto, o que contribui para que não haja brasileiros feridos. Queiroz relata o que viu durante o tremor:
– Eu fiquei impressionado pelo modo como a engenharia anti-sísmica funcionou. Foi um tremor fortíssimo, mas aparentemente os prédios estão bem.
Apesar da boa operação dos sistemas preventivos, muitos locais terão que ser inspecionados em função de rachaduras, que podem ter afetado a estrutura dos prédios. Há problemas também no encanamento, no fornecimento de energia elétrica e nas comunicações, disse Queiroz.
O maior número de vítimas até agora corresponde à cidade de Pisco, uma das mais afetadas pelo tremor de 7,9 graus na escala Richter.
O ministro da Saúde peruano, Carlos Vallejo, confirmou que havia 200 mortos somente nesta cidade, onde mais de 70% das casas estão em ruínas. O número de feridos chegaria a 1,5 mil.
O professor de geofísica da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Assunção, explica que esses fenômenos não são raros na região em função das placas tectônicas e da proximidade com o Oceano Pacífico.
– No caso do Peru, é uma região de encontro entre duas placas tectônicas e as duas estão se movimentando uma de encontro com a outra. O terremoto foi apenas um pequeno movimento de uma delas.
Assunção explica que a região tem terremotos de grande magnitude com freqüência. Em certos casos, é possível ocorrer um tsunami, o que não foi o caso dessa vez. Conforme o professor, este tipo de fenômeno é imprevisível.
• nossoclic: mande seu relato ou foto dos terremotos no Peru
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