| 08/08/2007 16h56min
Depois de ver os boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara fugirem da Vila Pan-Americana e quase desertarem a equipe cubana, Fidel Castro, pode proibir os pugilistas cubanos de disputarem eventos internacionais, inclusive as Olimpíadas de Pequim-2008. O líder político da ilha caribenha escreveu em uma de suas colunas em um jornal local nesta quarta-feira acenando para a possibilidade de tomar a medida radical.
O boxe de Cuba é considerado o melhor do mundo. Prova disso foram as cinco medalhas de ouro conquistadas pelo país nos Jogos de Atenas-2004, de nove possíveis. Um dos prêmios dourados foi de Rigondeaux, bicampeão olímpico e mundial. Mesmo assim, por causa da quase deserção dos pugilistas, todos os atletas poderão ser punidos.
– Os órgãos responsáveis estão analisando todas as alternativas possíveis, inclusive a de não enviar delegação alguma de boxe para as competições internacionais, apesar das penalidades que poderemos sofrer – escreveu o líder político, em relação ao Campeonato Mundial, em Chicago, e a outros eventos que dão vaga para Pequim-2008.
– Cuba não vai sacrificar a sua honra e nem suas idéias em troca de medalhas de ouro. A moral e o patriotismo dos atletas devem prevalecer sobre tudo – completou.
Rigondeaux e Lara deixaram misteriosamente a Vila do Pan para assinar um contrato de cinco anos de duração com a empresa alemã Arena, que promove lutas de boxe profissional. Fidel não poupou críticas ao comportamento dos atletas.
– O boxe cubano atingiu um ponto sem volta. O atleta que abandona a sua delegação não é muito diferente de um soldado que abandona seus companheiros de guerra no meio de um combate – filosofou.
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