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 | 29/07/2007 20h22min

Festa encerra Pan-Americano no Maracanã

Público não lotou o estádio neste domingo

O Estádio do Maracanã não lotou neste domingo. Entretanto, o público menor que o da cerimônia de abertura não tirou o brilho e a beleza da festa de encerramento dos Jogos Pan-Americanos. Pelo menos 2h13min de muita música, dança e cores fecharam a XV edição do evento.

Debaixo de uma garoa insistente, a festa começou semelhante à do dia 13 de julho, com a entrada de percusionistas das escolas de samba e a execução da música-tema dos Jogos: “Viva essa energia”, com a cantora Ana Costa, acompanhada do compositor Arnaldo Antunes.

Alguns momentos trataram de emocionar o público. A cerimônia teve início com a bandeira brasileira sendo levada por nove pessoas da equipe de resgate do Corpo de Bombeiros de São Paulo, que participaram dos trabalhos de resgate no trágico acidente com um avião da TAM próximo ao Aeroporto de Congonhas, quatro dias após o início do Pan.

Depois da música-tema e da apresentação de um coro formado por índios guaranis, foi a vez de a entrada dos porta-bandeiras de cada país participante no Maracanã, que foi fechado com o nadador brasileiro Thiago Pereira levando o pavilhão nacional. A partir daí, as delegações entraram juntas no estádio, sem distinção de nacionalidade, e o destaque foi a presença de atletas cubanos, encerrando assim os boatos que toda a delegação teria ido embora na noite desse sábado.

Com a entrada dos poucos atletas no local, o telão apresentou os melhores momentos dos Jogos. A maioria dos rostos mostrados era de brasileiros, cubanos ou norte-americanos. Na seqüência, as luzes se apagaram e o brasileiro Frank Caldeira foi chamado para a entrega da medalha de ouro da maratona. Foi a última vez que o hino nacional foi executado no Pan-2007.

Com a última prova premiada, teve início a parte formal do evento com os discursos do presidente do comitê organizador e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e do presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Mario Vázquez Raña. Durante seu pronunciamento, o mexicano surpreendeu e disse que o Rio de Janeiro provou ter capacidade para receber os Jogos Olímpicos de 2016.

– Mostramos que a América pode receber os Jogos Olímpicos de 2016 – afirmou Raña, para aplausos do público.

Já Nuzman destacou que o Rio viveu em sintonia com os Jogos, o povo da cidade foi muito acolhedor. Ele agradeceu ao trabalho dos voluntários, aos membros do Comitê Organizador dos Jogos, aos governos municipal, estadual e federal, aos patrocinadores, à Odepa, aos comitês olímpicos, ao público e atletas.

Depois dos discursos, teve início a parte de transição da candidatura carioca para Guadalajara, cidade mexicana que receberá a próxima edição do Pan em 2011. Grupos folclóricos, bandas locais e os tradicionais mariachis entraram no Maracanã. Em seguida, a chama pan-americana foi apagada pelo “sopro” da cantora Alice Caymmi, em uma alusão à música “O Vento” cantada por Alice, acompanhada pelo pai, Danilo Caymmi, filho e neta de Dorival Caymmi.

Com a tocha apagada às 19h30min, voluntários, atletas e participantes da cerimônia de encerramento caíram na festa no campo do estádio. Além da participação dos DJs Mike Relm e Malboro, estiveram no Maracanã os cantores Fernanda Abreu, Lenine, Jorge Drexler e Elza Soares para o encerramento do Pan. Elza fechou a festa cantando Aquarela Brasileira, samba-enredo do Imprério Serrano de 1964.

GAZETA PRESS
 

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