| 28/07/2007 20h58min
A delegação brasileira derrubou mais um recorde, mas não foi suficiente para manter vivo o sonho de ultrapassar Cuba no quadro de medalhas dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Apesar de ter conseguido 10 ouros apenas neste sábado, uma marca inédita na história, o país terminará mesmo na terceira posição.
Tudo por causa do desempenho notável dos cubanos no último dia de disputa da luta e do boxe. Os representantes do país centro-americano venceram as três categorias da luta livre (até 60kg, até 74kg e até 96kg) e as quatro finais que tiveram no boxe (peso pena, médio, pesado e superpesado).
Desta forma, Cuba chega à noite de sábado com 59 medalhas de ouro, já que ainda obteve mais quatro triunfos no atletismo, e um na canoagem e no salto ornamental. O Brasil tem 50 idas ao lugar mais alto do pódio, restando apenas seis eventos para serem finalizados no Pan (vôlei masculino, maratona masculina, individual de saltos do hipismo e chave de simples e duplas masculina do tênis).
Durante o sábado, a disputa foi empolgante, mas Cuba sempre manteve uma diferença de, pelo menos, quatro ouros durante todo dia. De manhã, os brasileiros celebraram a vitória no futsal, enquanto os caribenhos venciam no C2 500m da canoagem. À tarde, a briga ficou eletrizante. Enquanto o Brasil trazia três ouros da vela (classes Snipe, J-24 e RS:X masculino) e mais um no atletismo (vitória de Sabine Heitling nos 3.000m com obstáculos), Cuba tratou de vencer três no atletismo (110m com barreiras, 800m rasos e lançamento de dardo, todos masculinos), segurando a vantagem em cinco ouros.
No início da noite, porém, os ouros do revezamento 4x100m rasos e do salto com vara diminuíam a diferença, mas a festa brasileira durou pouco. De forma arrebatadora, Cuba ganhou os quatro ouros no boxe e mais os três na luta para definir a fatura. Nem os dois triunfos do conjunto da ginástica rítmica salvaram o Brasil.
Entretanto, se a briga com Cuba foi perdida, o país, pelo menos, supera o Canadá, pretensão inicial do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e terminará o Pan em terceiro, já que a diferença para os canadenses é de 12 ouros no momento. O Brasil também encerrará o evento como a segunda nação que mais subiu ao pódio. Até agora, são 156 medalhas, sendo 50 de ouro, 39 de prata e 67 de bronze, número superado apenas pelos EUA, com 235. Cuba tem 134 insígnias, uma a menos que o Canadá, com 18 medalhas ainda em jogo.
É a primeira vez que os brasileiros terminam nesta situação. Até então, a única vez que o país esteve entre os três maiores premiados de uma edição do Pan fora em São Paulo/1963, quando foi o terceiro, com 52 medalhas, abaixo de EUA (199) e Canadá (64), mas ficou em segundo no quadro de medalhas (teve três ouros a mais que os canadenses), feito até hoje não alcançado mais.
Confira o quadro de medalhas do Pan do Brasil.
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