| 10/07/2007 13h17min
Tradicionais rivais, Brasil e Uruguai decidem às 21h50min (de Brasília) desta terça, no Estádio Jose Pachencho Romero, em Maracaibo, uma vaga na final da Copa América. Será a segunda vez consecutiva que os uruguaios cruzam o caminho dos brasileiros nas semifinais do torneio de seleções mais importante do continente.
Na última edição da Copa América, disputada em 2004 no Peru, a Seleção também encontrou com a Celeste Olímpica nas semifinais. Na ocasião, a equipe comandada por Carlos Alberto Parreira levou a melhor ao vencer a disputa de pênaltis por 5 a 3, após empate em 1 a 1 no tempo normal.
Há quase oito anos sem vencer os uruguaios no tempo normal – a última vitória foi em 18 de julho de 1999, por 3 a 0, na final da Copa América – a Seleção se preparou também para uma possível decisão por pênaltis no último treino. Ironicamente, Robinho, artilheiro do time e da Copa América, foi o jogador de pior aproveitamento.
Satisfeito com o desempenho do time na goleada por 6 a 1 sobre o Chile, pelas quartas-de-final, e alheio às criticas sobre o excesso de volantes na Seleção, o técnico Dunga não deve promover alterações no time. Ou seja, o meio-de-campo será formado novamente por Mineiro, Gilberto Silva, Josué e Julio Baptista.
– O time vem rendendo mais com essa formação e não vejo motivos para mudar – adiantou Dunga, que justificou sua escalação ironizando os jornalistas – O mais engraçado é que a Argentina também joga com três volantes e ninguém critica. Só dizem que é o melhor time e o que joga melhor na competição.
O volante Gilberto Silva e o zagueiro Juan receberam cartão amarelo contra o Chile e, em caso de um novo cartão, não poderão enfrentar o vencedor de Argentina e México na decisão, caso o Brasil avance. Mas, segundo o auxiliar técnico Jorginho, isso não será levado em conta na hora de escalar a equipe.
– O Uruguai é um time de qualidade, muito forte no contra-ataque. Se entrarmos em campo preocupados com os jogadores pendurados, não vai funcionar. Temos que jogar com tranqüilidade – declarou.
De fato, a Celeste conta com bons jogadores. Casos, por exemplo, do volante Pablo García, dos atacantes Forlán e Recoba e do zagueiro Lugano, campeão mundial de clubes em 2005 pelo São Paulo. Esse último, aliás, bem conhecido de dois jogadores brasileiros, os volantes Mineiro e Josué.
– Realmente é melhor ter o Lugano no mesmo time do que contra – brincou Mineiro.
O técnico Oscar Tabárez fechou os portões do estádio no último treinamento, mas tudo indica que deve repetir o time que bateu a Venezuela por 4 a 1 nas quartas-de-final. O treinador diz que seu grupo está altamente motivado para enfrentar a Seleção Brasileira, adversário que bateu em 1995 na conquistar de seu último título.
– Para os uruguaios, é muito motivante, pois não se joga todos os dias contra o Brasil e ainda mais em um torneio continental. Temos que enfrentar nada menos do que uma das maiores equipes do mundo. Estamos muito conscientes do que isso significa, mas também temos vontade de passar dessa fase – comentou Tabárez.
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