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 | 09/07/2007 20h35min

PC diz que arrogância prejudicou futsal brasileiro

Técnico da seleção evita empolgação com favoritismo nos Jogos

A perda da hegemonia mundial para a Espanha nos últimos anos obrigou o futsal brasileiro a fazer uma profunda reflexão. Desde que PC de Oliveira assumiu o comando da seleção brasileira, a palavra “melhor do mundo” foi banida do dicionário dos atletas. Por isso, o treinador evita a empolgação com o favoritismo à medalha de ouro dos Jogos Pan-americanos.

– A condição de favorito do Brasil é natural, mas precisamos lembrar que não ganhamos nada faz 11 anos. Perdemos os dois últimos Mundiais para a Espanha e as últimas competições internacionais (Sul-americano e Copa América) para a Argentina. Fomos irresponsáveis, descuidados e arrogantes por achar que não perderíamos a condição de melhor do mundo – disse o treinador nesta segunda-feira, durante treino na quadra auxiliar do Pavilhão 3 do Riocentro.

Ainda por cima, PC de Oliveira foi obrigado a mudar a cultura do brasileiro dentro de quadra. Consciente da habilidade técnica de seus atletas, o técnico preocupa-se em treinar a marcação “um contra um” e a retomada do campo de ataque, os segredos da ascensão espanhola na atual década.

PC de Oliveira acredita ainda que o futsal vive uma fase semelhante à seleção de campo, que claramente prioriza o futebol de resultados sob o comando do técnico Dunga.

– Nossa fragilidade ficou exposta com as derrotas, tanto que o capitão argentino já falou que vem para cá atrás da medalha de ouro – lamentou.

Experientes, os jogadores mais antigos da seleção concordam com a análise de PC de Oliveira sobre o atual momento do futsal.

– Acho que o brasileiro precisar colocar na cabeça três coisas: humildade, trabalho e união para pensar em voltar a vencer – disse o pivô Lenísio, que participou dos Mundiais de 2000 e 2004.

Considerado melhor jogador do mundo, o ala Falcão acredita que o êxodo de jogadores para o exterior foi um dos grandes problemas encontrados pelo país nos últimos anos.

– As seleções da Europa se preparam quatro anos para o Mundial. Nós treinamos 20 dias. Isso faz diferença em uma jogada ensaiada ou nos detalhes da partida – justificou.

GAZETA PRESS
 

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