Com a possibilidade de quebrar um importante recorde no Pan-Americano do Rio de Janeiro, o velejador Robert Scheidt garante que os treinos específicos na classe Laser, especificamente com o barco Star, darão resultados na competição. Caso conquiste o lugar mais alto do pódio, o atleta poderá se tornar o primeiro brasileiro tetracampeão pan-americano de uma mesma prova.

– Voltar à classe Laser depois de mais de um ano tem um gostinho especial, muito bom. Acho que consegui recuperar uns 60%, 70% da minha forma. Também acho que não dá para voltar aos 100%, e por isso mesmo estou me preparando para uma disputa muito acirrada por medalhas. Sou tricampeão pan-americano e tenho a pretensão de me tornar o primeiro brasileiro a ser tetra – declarou Scheidt.

Ciente da responsabilidade que uma competição em solo nacional transmite, o bicampeão olímpico procura demonstrar um bom desempenho no Rio-2007 e fechar a sua última disputa na categoria com o melhor resultado possível.

– Sempre sonhei com um Pan ou uma Olimpíada no Brasil e agora, na minha despedida da classe Laser, vou tentar coroar o sonho com uma medalha de ouro.

Apesar do otimismo, Scheidt enumera os principais adversários dos brasileiros. Segundo ele, Julio Asogaray é a maior preocupação. O argentino conquistou a vaga nos Jogos ao derrotar o experiente Diego Romero, antigo rival do velejador na competição mais importante das Américas. Correndo por fora, o norte-americano Andrew Campbell, o chileno Matías del Solar e o canadense Mike Leigh também prometem dificultar.

Oito vezes campeão mundial na classe Laser, o atleta aproveitou também para comentar os resultados e o clima na disputa de Santo Domingo, em 2003.

– Lembro com muito carinho dessa competição porque fui o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. Além disso, tive uma performance excelente, já que ganhei todas as dez regatas nos cinco primeiros dias do campeonato e sequer entrei na água no último dia – acrescentou.

GAZETA PRESS