Como havia sido anunciado há dois dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na manhã desta sexta-feira, o documento em que o governo brasileiro se compromete a cumprir as 11 exigências pedidas pela Fifa para que o país sedie a Copa do Mundo de 2014. A cerimônia contou com a presença o presidente de honra da Fifa, João Havelange, e com o presidente de Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Agora, a entidade brasileira vai enviar para a Fifa, no dia 31 de julho, o documento junto com a proposta das 18 cidade de se pré-candidataram para ser sede do Mundial.

Entre as 11 exigências da estão redução de impostos, mudança em procedimentos alfandegários, vistos de trabalho e exploração comercial. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou que a equipe econômica avalia redução de impostos federais para atender os requisitos da Fifa, porém não deu detalhes. Ainda segundo ele, muitos ajustes dependerão de aval do Congresso Nacional, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado estão dispostos a avaliar.

– Nossa expectativa é que o Congresso Nacional dê sua contribuição para que o Brasil possa sediar a Copa do Mundo de 2014 – explicou.

Depois de criticar a atual situação dos clubes brasileiros, o presidente da República se mostrou empolgado com a possibilidade de o Brasil ser sede da principal competição esportiva do mundo.

– Eu tenho certeza que o Brasil vai dar um show não só dentro de campo, mas na preparação dos estádios e na infra-estrutura para receber a Copa do Mundo – disse.

Entretanto, Lula salientou que a ajuda da iniciativa privada será fundamental para a realização do evento. No caso dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, os gastos já atingiram a marca de R$ 3 bilhões.

– Se estamos gastando isso no Rio para fazer o Pan, imagina o que vamos ter de construir de obras de infra-estrutura. A iniciativa privada tem que construir palcos para os eventos – declarou.